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O fim-de-semana cá por casa, esteve exatamente como o tempo, cinzento, triste e angustiante. Sei que não andamos bem os dois, e os tempos que se avizinham podem ser muito duros para ambos, mas vamos levando e tentando ao menos juntar a energia que nos une para levarmos as coisas a bom porto. Sem nunca baixarmos os braços. Aliás, nunca o conseguiria sem o apoio dele e vice versa.
O pior é quando à nossa volta as pessoas são tão egoístas que só vêm os seu próprios umbigos, carregam-nos com os seu problemas como se nós tivéssemos essa obrigação, o fato de estarmos desempregados, sem ocupação não lhes dá ao direito de pensarem que não temos mais nada que fazer, que levamos uma vida boa ... merda. Também temos problemas, também sofremos, também temos o direito de dizer não! A diferença é que o fazemos apenas entre as nossas quatro paredes, guardamos para nós.
Cada vez que o telefone toca, é sempre a cobrar e nunca ... estão bem? Precisam de alguma coisa? (ok, ok, talvez tenham tem medo da nossa resposta, será?)
Este fim-de-semana o telefone atingiu todos os limites do aceitável, pior ... fico brutalmente zangada comigo própria por me zangar.
Apetece-me também "gritar" sobre os meus problemas, sobre o que me está a atormentar, pedir ajuda, agora era a vez dos outros me darem um pouco do que lhes dou...mas não adianta... são egoístas... é só o que eles pensam. Não estou a contar com nada, nem estou à espera de nada até porque sei bem que nada vem e que se eu não fizer por mim minguem o faz. Apenas estou a desabafar porque as injustiças afetam-me muito, afinal de contas sou um ser humano com as suas fragilidades e inseguranças.
Valeu o cozido à portuguesa que fiz, a tarde de sessão de cinema no sofá com a mantinha no colo e o mimo que partilhamos os três. Humm...isso sim é conforto! E é assim mesmo!