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No meu tempo costumávamos brincar com a sigla...Tortura Para Crianças...Tempo Perdido em Casa...
Mais uma tarde de quarta-feira e os TPC's da minha filha parecem não ter fim...
Dá-me enorme prazer estes bocadinhos que passo com ela, faço questão de a acompanhar, participar, estar presente. Às vezes tenho receio de estar a exigir demais, mas tento que ela perceba que o esforço compensa. Encho-me de orgulho quando ela própria espelha valores que eu tenho tentando ensinar.
Hoje ela própria comentou: "Já são 19H!!! Quando estamos a gostar do que estamos a fazer, o tempo passa bué rápido!"
O trabalho sobre o voluntariado está a ficar muito bonito, todo colorido... Que fixe!
Estou congelada. Tenho os pés gelados, as mãos geladas, o nariz gelado.
E sinto-me tão desanimada, que ando a arrastar-me entre as diversas divisões da casa, mas nada me apetece fazer, tirei as camisolas de lã do roupeiro, mas acho que vão ficar no sofá do escritório e amanhã dou volta ao guarda fato.
De manhã, foi da corda para a tábua, mas ainda só vou na maquina nº1.
Céus, como eu detesto passar a ferro!
Enchem a casa, trazem alegria, saudades, balbúrdia, mas quando vão embora fica sempre uma enorme nostalgia...este fim de semana foi assim...
Muito gastronómico, desde a "feijoada de lulas" (que estava divinal) passando pela "carne de porco com amêijoas", sem esquecer o arroz doce, o bolo de cenoura com chocolate e as "fogaças de alcochete" (receitas a incluir proximamente na rubrica "sabores"), apenas resta hoje algumas batatas doces, pois como já não estávamos juntos desde os anos da minha irmã, o jantar de sábado à noite foi pretexto para festejarmos aos anos da avó, do meu marido e o são martinho. Não faltaram as castanhas, o vinho doce e velinhas no bolo.
Claro está, que passamos grande parte do tempo à mesa, os cunhados puseram a conversa em dia e as manas não se cansaram de tagarelar...
Houve oportunidade de irmos apanhar sol até à praia, até a avó fez questão de ir, está cada vez mais frágil, mas foi! Posso parecer por vezes muito fria, mas toca-me particularmente a fragilidade da minha avó, admiro particularmente a lucidez que ela consegue manter e a noção de que o seu corpo já não é o que era. A nostalgia que fica quando ela se refere que já não consegue fazer nada, ainda me lembro que quando vinha cá a casa, os tachos eram todos areados e o chão da cozinha lavado de joelhos, ficava tudo a brilhar!
Apesar do frio que se fazia sentir, e eu não ter saído do carro, o papagaio ainda chegou a voar pelo céu, embora por pouco tempo porque o vento não estava de feição.
A minha sobrinha encheu a casa, irrequieta, com uma personalidade muito forte, mas com uma ternura deliciosa de um bebé de quase 3 anos. A prima é a sua loucura, impressionante que ela esta tão pouco tempo com a minha filha, não a larga, corre a casa com ela, dorme com ela, está sempre em cima dela, tem uma diferença de idade de 10 anos, e a minha filha tem muita paciência...
A minha mãe, é que é mais complicado, gostava muito de a poder ajudar, mas não é fácil, sempre "encolhida", sempre perdida, sempre disperssa e sempre tão fria de afectos...
Foi bom, soube a pouco, todos juntos, eles são o meu mundo...
(a casa hoje já levou "barrela" e a maquina de lavar já trabalhou a dobrar)
Porque o fim de semana está à porta. E este em particular vai ser de balbúrdia já que a casa vai encher. (Sim a familia nunca vem só almoçar ou jantar, vêm sempre pernoitar, de malas e bagagens...é cansativo, a casa fica virada do avesso, mas as saudades já apertam e é sempre tão bom...)
Porque adoro cozinhar. Porque adoro comer (xiii...é onde me desgraço), gosto muito de ter sempre "ementas" diferentes aos fins-de-semana, às vezes entusiasmo imenso e as coisas correm muito bem e oiço da minha filhota - "Hammmm...delicioso!", outras nem por isso, e lá sai - "Não faças isto outra vez!".
Começo aqui uma rubrica (que espero que seja regular neste blog) - Sabores - dedicada a receitas que por cá vou fazendo e que recomendo.
Claro está que serão sempre receitas que fiz cá por casa, testadas e comprovadas, nem sempre da minha autoria , mas algumas reinventas, porque serão baseadas em muitas receitas que por aí andam, quero partilhar à mesma!
Para abrir esta rubrica só podia ser com algo doce - Bolo de Cenoura e Chocolate. É receita recente cá em casa, mas correu tão bem, e os meus dotes culinários foram tão enaltecidos, que teve direito a terceira edição em menos de duas semanas. Fica muito fofinho, é económico, muito simples de fazer e a cobertura de chocolate dá-lhe um toque final, delicioso!
Ingredientes:
Preparação:
Descasque as cenouras e corte-as aos cubos [Observação minha]. A cenoura crua é muito saborosa! Separe as gemas das claras em duas taças. Coloque a cenoura na trituradora com as gemas, o óleo vegetal e o açúcar. Triture tudo muito bem. Bata as claras em castelo.
Pré aqueça o forno a 180º.
Verta para uma taça o preparado de cenoura e incorpore a farinha com uma peneira. Adicione uma colher de chá de fermento. Envolva as claras em castelo com o salazar. [Meu Segredo] Incorpore as claras com alguma ligeireza para as claras não quebrarem.
Unte bem uma forma com manteiga e depois farinha e deite o preparado na forma. Leve ao forno durante 20 minutos. [Observação] Este bolo tem uma textura muito fofa!
Derreta o chocolate partido aos quadrados e a manteiga numa panela. Quando o bolo estiver pronto deixe arrefecer durante 20 a 30 minutos e cubra com a calda de chocolate.
Bom fim-de-semana!
Depois conto como correu...
Hoje está uma daquelas manhãs lindíssimas, com um sol radioso que, apesar do fresco, convida a um passeio e a não fazer nada.
Não que me apeteça muito ultimamente fazer qualquer outra coisa senão estar debaixo de uma manta bem quentinha e chorar desalmadamente.
Apesar disso preparei as "marmitas" bem cedo, como habitualmente, ele foi trabalhar, ela escolinha. Não voltei para a cama, digo sempre que vou dormir mais um pouco mas nunca consigo.
Não consigo dominar este meu estado de ansiedade, como eu gostava que o meu coração adormecesse e me deixasse meio anestesiada, para poder seguir os meus dias sem pensar muito na vida. Mas é tão difícil ver as horas e os dias a passar e nada, nada muda, nada acontece. Gosto das coisas certinhas, direitinhas, ter o comando da minha vida, mas esta incerteza, esta insegurança...
Á noite, quando me deito, o meu coração desperta, e faz-me passar horas a pensar nos meus sentimentos, a criar verdadeiros filmes que me assombram o sono e me fazem acordar de rastos.
Um Blog? Sim! Porque sempre gostei de diários, porque sempre gostei de partilhar coisas que gosto. Começo aqui as minhas histórias, reais ou imaginárias.
Vou dar inicio a esta aventura, há 5 meses que estou a viver uma situação e a pensar na melhor forma de a descrever e a ultrapassar, pode ser que por escrito seja terapêutico, o que pode parecer estranho, mas talvez me dê alento para continuar a seguir em frente. Sou optimista e encaro a vida de frente, com coragem e determinação...
Talvez precise mesmo deste cantinho e o meu subconsciente me empurre para a escrita como forma de organizar as ideias e os sentimentos. Vou dar a mim mesma um espaço, sempre que a minha vida fique demasiado cheia.
Não sei quanto tempo vai durar, não sei sequer se vou ter tempo e paciência para cuidar dele, mas ontem apeteceu-me…
Um dia de cada vez!