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"A vida pode ficar muito pequena quando olhamos para ela com o olhar estreito. O tédio acontece quando nos afastamos da capacidade de nos encantarmos com as coisas mais simples do mundo. Porque para se estar aqui com um pouco que seja de conforto na alma há que se ter riso. Há que se ter fé. Há que se ter a poesia dos afetos. Há que se ter um olhar viçoso. E muita criatividade." Ana Jácomo
Há que estar do lado certo da vida, porque o resto vêm...E é assim mesmo!
Existem duas formas de encarar as coisas sentidas como "desagradáveis" na minha vida. A primeira é de uma forma rígida, de como eu acho que a minha vida deveria ser, de como eu me deveria sentir, de como as coisas deveriam estar a acontecer se tudo estivesse a funcionar da maneira que eu acho que deveriam. A segunda é de uma forma de crescimento pessoal, de eu achar que estou em constante aprendizagem sobre mim mesma. As coisas são como são, não como eu gostaria que fossem. Eu sou como sou e não como gostaria de ser. E sinceramente, se eu própria não consigo, por vezes, ser como acho que devia, como posso esperar e cobrar isso aos outros e a outras situações? As coisas acontecem como acontecem; a vida flui como flui, e não adianta eu ficar zangada cada vez que as coisas não são como eu acho que deveriam ser. Sim, odeio quando as coisas não saem como planeado e admito que às vezes sou intransigente comigo mesma e em relação aos outros. Sim, algumas vezes eu meto os pés pelas mãos, algumas vezes eu ajo como se estivesse a dar tiros nos próprios pés.
Mas ainda assim, eu observo sempre a possibilidade de aprender mais sobre mim mesma. Em cada frustração reside um desejo. Em cada decepção reside uma expectativa. Em cada medo reside uma fragilidade. Apropriar-me de mim mesma, da minha própria vida e, de uma vez por todas: olhar para dentro, ao invés de me perder com o que acontece do lado de fora. É dentro, sempre dentro. A minha vida não acontece em nenhum outro lugar...mas sim cá dentro todos os dias. E é assim mesmo!
" Se me faz bem, trago para perto de mim num sopro leve de brisa. Devagar, para que decida calmamente se quer minha companhia. Se me faz mal, prefiro soprar para bem longe o que não me apetece mais, o que não me faz sorrir. Deixo que se perca, voe longe, num vendaval de esquecimento. " R. Varela
Estas palavras encontraram-me. Está difícil, muito difícil...largar tudo o que é mágoa, desilusão e desamor...deixar ir. No entanto e porque acredito que a vida sabe o que faz...desafio-me, devagar, a trazer para perto de mim, o que me faz bem. E é assim mesmo!
...um depois, tudo o que estou a viver é o durante. Ter sempre em mente que todas as atitudes me levam para algum outro lugar. Vai haver um depois, por isso, o desconforto que estou a sentir agora não vai durar para sempre. Acredito e continuo a caminhar. Desistir não é opção. Apenas continuo. E é assim mesmo!
Tenho dormido mal, acordo stressada e triste por tudo e por nada. Todas as pessoas acordam assim...tem dias, mas não é um estado muito agradável. Nestes dias a tendencia da mente é apontar uma por uma as coisas que estão mal e o pior é que eu percebo que ando a espalhar este meu estado e atraindo coisas mais desagradaveis ainda. O coração bate acelerado, inquieto, incomodado. E eu também estou.