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"O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você." Mário Quintana
Estas palavras encontraram-me. Cuidemos, então, do nosso interior para que as “borboletas” se aproximem. E é assim mesmo!
Se nos últimos três anos têm corrido bem, não vou alterar, por isso meti novamente "mãos à obra." Este ano foi só comprar porque a minha filha têm exames para o ano e os manuais do ano lectivo passado ainda vão fazer falta.
Já conheço mais ou menos como a "coisa" funciona, como pesquisar, como verificar o estado dos manuais, etc. porque nem sempre os mais baratos são os melhores, mas consegue-se boas compras a bons preços, basta paciência e persistência.
Inicialmente verifiquei que contrariamente aos outros anos a oferta era maior, o que significa que cada vez mais as pessoas estão a aderir a reciclar livros escolares, mas maior oferta não significa maior facilidade em comprar. Muitos emails sem resposta, muitos livros à venda e que já estão vendidos, que me levou a ter mais cuidado e menos confiança nas compras. Tive duas semanas em que só consegui adquiri um manual. Mas nos últimos dias até correu bem e já tenho os livros todos e impecáveis. O truque desta vez foi estar atenta aos manuais colocados à venda mais recentemente, sempre com atenção ao preço e ao estado dos mesmos.
Contas finais:
* Gasto previsto - 216,19€
* Gasto efetivo - 90,80€
* Poupança - 125,39€
Mais uma vez a poupança ultrapassa os 50%, sei que poderia optar por tentar junto da biblioteca ou da própria escola que eles fazem trocas de manuais escolares e o custo seria provavelmente menor, mas teria que entregar manuais antigos e não tenho. Além disso costumam exigir que os manuais não tenham riscos ou escritos e isso eu não concordo, porque se os manuais existem é para serem usados, compro manuais sublinhados e com exercícios feitos (desde que se possam apagar) sem problema nenhum a minha única exigência é que estejam em bom estado, sem folhas rasgadas e/ou danificadas. Aqui em casa os manuais são sempre plastificados, mesmo em 2ª mão, a minha filha sublinha o que necessita e gosta de fazer todos os exercícios. Não faz rabiscos e usa sempre lápis, por isso quando os ponho à venda, basta apagar e estão sempre impecáveis.
Agora é hora de irmos às compras...já começámos a fazer a lista do que vai ser necessário para a próxima estação :)
Colocámos um sorriso no rosto e fomos!
(Fomos pela primeira vez, só as duas! E eu a conduzir! Yeeaaahhh! Tarde fantástica, calma, a água quentinha, um ventinho gostoso, um sol delicioso. Mais dias destes por favor! Nem demos pelo tempo passar, sempre a tagarelar...grata por este amor que nos une. Amo-te princesa!)
Aos poucos vamos abrindo as janelas e o coração, os dias estão agora mais calmos e lentamente entramos nas novas rotinas.
Os primeiros dias do mês foram agitados, casa cheia, festas, horários trocados, confusão. As minhas "marias" estiveram comigo uma semana inteira. Gosto muito de as ter por cá, embora tragam com elas uma carga de negatividade que lhes é habitual, e que me complica o sistema nervoso, confesso que muitas vezes me irrito e desespero porque passam dos limites, mas não há volta a dar, foi sempre assim e sempre assim será, por isso respiro fundo e tento manter-me tranquila.
Calmamente tento me habituar a estar por aqui novamente sozinha, foram três anos com a companhia dele 24h por dia, não foi fácil, mas habituámos-nos acima de tudo porque o amor fala sempre mais alto. Preenchemos todos os dias destes últimos três anos, à nossa maneira, criámos as nossas rotinas, as nossas caminhadas, os dias passados no escritório, cada um no seu silêncio e no seu espaço mas tão perto um do outro, as nossas brigas, as nossas conversas, os nossos desesperos, sempre os dois 24 horas por dia e principalmente sem nunca baixarmos os braços. Não me estou a queixar, nem pensar nisso, sem duvida que o regresso dele ao trabalho é regressarmos lentamente á vida, mas é indiscutível que sinto falta. As manhãs agora são mais vazias, a garota porque está de férias dorme até tarde, o meu trabalho está parado e praticamente a chegar ao fim, aos poucos tento entrar nesta nova fase da nossa vida, aos poucos tento me habituar, e sempre, mas sempre confiante e grata porque sei que coisas boas acontecem.
Este fim-de-semana, finalmente novamente a três, podemos comemorar o "regresso à vida" do homem da casa e também aproveitámos e fomos até à praia, como este ano não vamos de férias tentamos compensar desta forma a nossa paixão pelo mar e pela praia. E sem fazer planos, será assim até ao final do Verão, fins-de-semana de praia e escapadinhas à aldeia. Aos poucos...com muita fé e esperança. E é assim mesmo!
"todososdias"
"Seja o que for que você esteja vivendo neste momento, acredite: existe sempre amor e existe sempre a esperança, e a sua vida não acaba aí. Existe sempre uma próxima cena, um próximo capítulo, uma próxima coisa a acontecer. Nada é tão definitivo quanto pode parecer. A vida vem em ondas como um mar, em um vai e vem infinito: existe sempre uma próxima onda. Acredite. O que quer que seja que você esteja vivenciando, é exacamente do que sua alma precisa agora para aprender e evoluir e se tornar mais próxima da perfeição divina. Dedique-se a aprender o que precisa ser aprendido. Dedique-se a compreender o aprendizado por trás da experiência, e todo o resto vai ser isso: apenas resto. Apenas cenário. Você vai viver o que tiver que viver para se tornar o que deve se tornar. Entregue. Confie. Aceite. Agradeça." Flávia Melissa
Estas palavras encontraram-me, Julho entrou com uma nova onda, viver o que tiver que viver e com esperança, entrego, confio, aceito e agradeço as próximas ondas que o mar da minha vida me trouxer. E é assim mesmo!
Exactamente porque nunca perdemos a esperança, hoje foi um grande dia...906 dias depois, o meu marido arranjou um emprego.
Hoje chorei de emoção. Quando regressou do trabalho as suas primeiras palavras foram: Hoje senti que estou vivo!
É só por dois meses, ordenado mínimo, mas hoje nada disso importa. É trabalho! Não existe palavras para descrever o que é morrer lentamente durante 906 dias, e basta um dia para sentir que estamos vivos. Seguir em frente, não ter medo de errar, seguir o caminho, com esperança, com amor porque coisas boas acontecem. Estamos de coração cheio! Estamos gratos!