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"É pela vida que se chega a esse ponto de identificarmos o que é que não é para perceber. Que algumas perguntas têm mesmo de ficar sem resposta, sem que isso signifique abdicar da capacidade de ler o mundo, de registar. Tem de se passar pelas muitas declinações do inconcebível. A parte boa é que, sobrevivendo ao inconcebível, há algo em nós que é invencível. Haja vida em nós, esse dado invencível. Com alguma sorte, conservamos alguma inocência. Com alguma sorte, aprendemos a ganhar distância. Com alguma sorte, transformamos numa fortaleza serena a possibilidade permanente de nos (des)iludirmos. Haja as perguntas que houver, que haja sempre um lugar que seja seguro. Um lugar qualquer onde chegamos, respiramos fundo, dizemos baixinho deixa lá e, sem que saibamos como, está tudo bem tal como está, nesse lugar que para nós for seguro." m.araújo
Estas palavras encontraram-me...o mês foi duro mas nós também somos. Começou com dias muito frios e acabou com dias de chuva e muito cinzentos, começou com a adaptação a novas rotinas (que se programaram até março) acabou com o regresso a casa e à semelhança do primeiro confinamento sem data e sem perspectiva de nova programação, começou com ela num estágio que nunca veio e acabou de volta a casa confinada a exames, só para ele é que janeiro não trouxe alterações. Começou também com o 'bicho' a entrar na vida das minhas pessoas queridas e a distância acabou por se tornar no maior obstáculo impossibilitando-me de poder ajudar. Graças a Deus acabou bem, só não sei é quando os vou poder voltar a abraçar, não vou aguentar estar mais um ano sem estar com eles.
É janeiro a dar novamente tempo ao tempo, de parar e escutar de deixar estar, de deixar ficar e de deixar a poeira assentar. É janeiro a deixar entrar o silêncio, de fazer pausa nos mil pensamentos e nas mil coisas que tenho sempre para fazer. É janeiro obrigar-me a viver mais devagar e a ensinar-me a usar mais o verbo cuidar. É janeiro a dizer-nos que na nossa casa é onde está o nosso coração, o nosso porto de abrigo.
"os papagaios de papel sobem contra o vento e não a favor dele.” autor desconhecido
Estas palavras encontraram-me...não recear a adversidade, lembrar todos os dias que são estes "ventos" que me tornam mais forte e que de dia para dia me fazem crescer, tornando-me uma pessoa melhor. E se nunca tivésse tido necessidade de lutar? E se tudo me fosse dado de “mão beijada”? (Sim, pode ser!) Não seria a mesma pessoa? (hum, se calhar não…) Não daria valor ao que tenho?
A vida mostra-nos sempre que, apesar de todos os obstáculos, podemos ser ainda mais felizes. Continuar a acreditar e a lutar.
E é assim mesmo!
*1. Se não perseguir o que desejo, nunca o terei.
*2. Se não perguntar, a resposta sempre será não.
*3. Se não der um passo à frente, permanecerei no mesmo lugar.
“Eu sou feliz e espero que tu também!” autor desconhecido
Estas palavras encontraram-me… isto desarma qualquer um. O que é amar, senão querer o bem. O que é amar, senão querer proteger. O que é amar, senão querer amparar, ouvir, ajudar e se for preciso libertar.
Abrir o coração a um amor superior, para lá do lado material ou do lado físico, ou seja, o amor por tudo e por todos, desde a formiguinha (que segundo os orientais pode ser um familiar meu) … á chefe malcriada (grande desafio) …
Pois é, sorrir para alguém que me olha de lado ou que me responde mal, essa é a boa maneira de vencer uma batalha, com um bom e puro de sorriso!
E é assim mesmo!
Depois de dias de hibernação, voltamos lentamente à rotina dos dias. Há alturas em que parece mais fácil, outras é mesmo difícil. Num horário que começa cedo, a uma hora quase proibitiva, custa muito levantar com noite cerrada, custa muito este frio que já tínhamos sentido, mas não intensamente porque ficávamos na preguiça até mais tarde, custa a entrar na rotina e a fazer o que tem de ser feito.
Admito que me está a custar imenso. Hoje não há sol, hoje a humidade instalou-se, hoje está um frio que gela os ossos...é do frio...tudo serve de desculpa e todas as desculpas são boas para procrastinar. Mas a falta de motivação também é mais que muita. Há alturas em que basta dois dedos de conversa comigo própria. Há outras em que as horas vão passando e nada...motivação zero.
No entanto, e apesar deste sentimento que impera, principalmente causado por um frio que insiste em ficar, esta semana é de regresso ao trabalho pós-férias, numa “escala” que se irá manter até à primavera (por enquanto). Voltar é sinónimo de não passar dias sozinha em casa, de sair à rua, de ver gente e conversar, mas muito longe do bulício de outros tempos e dos quais sinto falta. O meu trabalho só faz sentido com “casa cheia”, o entra e sai de livros, estantes desalinhadas, confusão, burburinho… o problema é que estar por aqui faz-me sentir mais a ausência das pessoas e por vezes consegue ser mais penoso que estar em casa onde já sei que vou estar sozinha, no meio dos meus afazeres.
Hoje está frio, muito mais frio…