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* a riscar os dias no calendário até às férias grandes
* voltar ao lugar que nos faz bem... e que nos recebe de braços abertos
Não estava nos planos, aliás são raras as vezes que o planeamos, em regra geral é um… bora lá!
Ir buscar as coisas guardadas no sótão para a princesa ir de férias foi o mote desta vez, mais uma escapadinha em que o mais difícil é sempre o regressar. O corpo habituado ao ritmo das semanas aguentou a azáfama de pôr tudo a jeito, desempoeirar, limpar e lavar. (e que boas memórias revisitámos - ❥-). Um fim-de-semana sem horas, onde desligamos do mundo e absorvemos a certeza de luz e de tempo.
Graças aos dias grandes que o verão nos traz, ainda conseguimos parar ao final da tarde, deixámos a energia entrar e respiramos devagarinho. Acredito e tenho fé que tudo nesta vida tem uma razão para acontecer, começo a concluir que fim-de-semana fora de planos e com voltas trocadas é fim-de-semana que não se esquece de tão bom... e um tão bom motivo para agradecer. Bora lá voltar!
"Da árvore do silêncio pende seu fruto, a paz." Schopenhauer
Estas palavras encontraram-me… calma e silencio precisam-se, ando com as energias, ou vitalidade, num nível mais baixo. Então, paro antes que os sinais se tornem mais evidentes, silencio-me, ganho coragem e vou:
. ter (ainda) menos pressa
. ouvir mais e falar menos
. ter menos para ser mais, e ser mais para precisar menos
. ficar mais perto do que de verdade importa
. ter menos certezas e (cada vez) menos verdades absolutas
. carregar no botão de pausa das urgências
. experimentar mais vezes o silêncio e desligar dos “ruídos” à minha volta sem ter medo de me perder do mundo
* lista para os dias enquanto agosto não chega e com ele as merecidas férias, conseguir fazer algumas destas coisas, mesmo nos dias menos bons, ajudará com certeza a permitir-me celebrar mais as pequenas alegrias, a contemplar muito mais o que me enche o peito de ar e a manter a minha casa tranquila. . E é assim mesmo!
“A vida não é complexa. Somos complexos. A vida é simples, e o simples é o certo.” Óscar Wilde
Estas palavras encontraram-me… nos dias, nas coisas, e nas voltas que a vida dá procuro sempre praticar o descomplicar. Uso quando tudo parece estar fora do lugar; uso nos dias que o meu coração diz sim, a minha cabeça diz não, e eu digo: não sei; uso como uma bússola que me ajuda a não me perder nos dias que me apontam na direção do que não quero, e tento mudar a rota, sem medo, até conseguir encontrar o atalho certo.
Acredito e tenho fé que a vida conspira e a meu favor, todos os dias, porque há sempre forma de descomplicar a vida, há sempre bons motivos para seguir em frente, há sempre boas razões para agradecer o que tenho. E é assim mesmo!
Existe um provérbio indiano que diz que somos todos casas com quatro quartos: um físico, um mental, um emocional e um espiritual. A maioria de nós tende a viver num quarto a maior parte do tempo, mas a menos que entremos em todos os quartos todos os dias, mesmo que seja apenas para mantê-los arejados, não seremos uma pessoa completa. Rumer Godden
(posso me identificar com isso)
Quem todos os dias organiza marmitas para o dia seguinte, têm de ter uma elevada dose de criatividade porque nem tudo fica bem quando requentado, valha-me o facto de eu gostar muito de cozinhar, senão a maltinha cá de casa já me tinha posto as “malas à porta”. De inverno consigo ter mais marmitas prontas, que normalmente adianto ao fim-de-semana, são pratos mais de conforto para os dias frios, estufados e assados que permitem fazer em maior quantidade já a contar com os almoços da semana. De verão os grelhados são os reis da cozinha, mas pouco viáveis para as marmitas.
Fico irritada quando me dizem “outra vez!...”, por isso procuro variar nas receitas, às vezes uma maneira diferente de fazer determinado alimento ou até mesmo outro condimento que se acrescenta torna algo simples de fazer num prato muito saboroso, é o caso da moqueca de peixe. Conheci quando estive em angola, mas também é muito popular no brasil. Cansada de fazer os lombos de pescada estufados ou no forno, e após várias pesquisas de receitas dei por mim a fazer moqueca de peixe à minha maneira.
Ingredientes:
Lombos de pescada, cebola, pimento, alho, tomate, vinho branco, leite de coco, coentros, sal e pimenta. Arroz cozido
Preparação:
Temperar os lombos de pescada com sal, pimenta e colorau, q.b. Num tacho com azeite refogar a cebola picada, adicionar alho laminado e pimento cortado aos pedacinhos, temperar com sal. Tirar a pele e as sementes ao tomate e cortar em pedacinhos, juntar ao refogado bem como o vinho branco. Tapar e deixar apurar apx. 10 minutos. De seguida adicionar o leite de coco e assim que levantar fervura juntar o peixe. Tapar novamente e em lume baixo deixar mais dez minutos, retificar de sal e pimenta. Finalizar com coentros picados. Empratar colocando arroz cozido no prato, adicionar o peixe e o molho por cima.
Minha nota 1: faço com lombos de pescada e até os costumo cortar em cubos grandes, mas pode ser feito com qualquer outro tipo de peixe branco.
Minha nota 2: quando estou a retificar de sal e pimenta costumo engrossar um pouco o molho com uma colherzinha de farinha maisena, cá em casa gostam do molho um pouco mais espesso.
Minha nota 3: não faço referência a quantidades, mas quando se faz todos os dias marmitas para três, essa parte é feita por improviso. Habitualmente depende do número de pessoas e do gosto, e por isso vou retificando conforme necessário.