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Muitos professores acham muito engraçado fazer trabalhos de grupo. Em teoria considero uma experiência benéfica para a formação dos alunos. Mas a experiência aqui em casa é que trabalhos de grupo não são muito boa ideia. São um grande erro, trabalhos de grupo não são fixes, salvo raros casos, NUNCA acabam bem!
Quase todos os trabalhos que a minha filha teve de grupo acabaram por se tornarem trabalhos individuais. Insisto sempre para eles fazerem todos juntos, para aprenderem a organizar-se, a trabalhar em equipa, a dividir tarefas exatamente porque tento que eles cumpram o objetivo que é aprenderem, mas no fim, fica sempre a batata quente com a minha filha e eu acabo por ajudar. Quase todos, sou eu que disponibilizo a casa para a realização dos mesmos, sou eu que ajudo nas pesquisas, sou eu que ajudo na organização da estrutura, sou eu que ajudo na formatação e na realização das apresentações, sou eu que pago as impressões e as encadernações. Ela coloca sempre o nome de todos os colegas, independentemente de eles não terem escrito nem um paragrafo, até porque o importante é tirarem boa nota, pois pode ser a diferença entre uma positiva ou uma negativa na pauta, quando todas as décimas contam.
Desta vez até achei que ia correr bem. Era um trabalho com três elementos. A minha insistência contribuiu para que eles se juntassem aqui em casa, uma tarde de férias, e até os achei entusiasmados porque até estavam a experimentar outras ferramentas de apresentação. Como eu me enganei, quando me apercebi, a minha filha é que tinha feito a pesquisa sozinha, estava a fazer o trabalho escrito sozinha, dividiu as tarefas mas apenas recebeu um paragrafo de texto de um dos colegas, e a apresentação como era numa ferramenta que ela desconhecia, estava desesperada. Aqui a bombeira meteu mão à obra e ajudou no que faltava. Entregue a 1º versão a professora solicitou alterações, escusado será dizer que a única pessoa que tratou de tudo foi a minha filha, inclusive novas impressões.
Mas a bomba desta vez rebentou minutos antes da apresentação na aula, uma das colegas que nada fez, passou a hora de almoço a "estudar" a parte dela, (a apresentação estava pronta desde a semana passada), achou que estava tudo mal e que deviam fazer alterações. Resultado: discutiram, a minha filha apresentou o trabalho com o dobro da carga nervosa, e chegou a casa lavada em lágrimas porque nunca um colega tinha sido tão injusto com ela. Ela fez o trabalho sozinha, colocou o nome da outra e ainda foi atacada porque estava mal. O trabalho foi feito atempadamente e enviado aos colegas para verem, alterarem e completarem o que achassem que fosse necessário. Ninguém se opôs...e na véspera uma cena destas, estamos perante uma menina que "cospe no prato da sopa que come".
Eu já me tinha apercebido que esta garota era difícil. Já tinham ido estudar juntas o período passado, não me opus porque sabia o resultado, mas preferi que fosse a minha filha a perceber sozinha e a tomar a decisão de não o voltar a fazer depois de se aperceber que as tardes de estudo a meias resultaram em resumos mal feitos, serões a estudar que ela nunca tinha feito e em negativas nos testes. Mas as queixas não se ficam por aqui, os lanches que mando são divididos e muitas vezes quando é na cantina são pagos pela minha filha, quando me apercebi dobrei a quantidade a mandar mas a minha filha já me pediu para reduzir, nova preocupação porque sei que a minha filha necessita e gosta muito de lanchar. Ainda esta semana a garota almoçou aqui, primeiro não quis, disse que não tinha fome, mas acabou por comer e repetir, soube depois que o dinheiro que tinha para almoçar foi gasto em chocolates.
Como eu vejo sempre o lado positivo das coisas, em menos de dois meses a minha filha resolveu sozinha o problema dos estudos com companhia e não ter que ter a amiga nos próximos trabalhos, sem eu ter que interferir. Foi rápido, pensei que podia vir a ser mais difícil de resolver, porque fico com receio de dizer não e depois seja tarde demais. No primeiro caso, já voltou às rotinas normais e até já têm os resumos todos em dia. No segundo caso, já não vai ter que fazer trabalhos com alguém que nada faz. Pena é que ambas as situações acabaram em lágrimas.
Temos tendência para proteger os nossos filhos quando nos apercebemos que algo está ou vai correr mal, ainda por cima eu que sou uma mãe galinha. Mas muitas vezes, e por mais que me custe, tento não interferir, tenho por hábito ficar na sombra a vigiar e deixar que ela própria cometa os erros e aprenda por si própria como os resolver. E ela sabe que eu estou aqui, a guardar o colo para a consolar e apoiar e a guardar abraços para partilhar vitórias...estou aqui acho que para quase tudo.
A lista de Setembro foi praticamente toda cumprida. Levanto-me quase todos os dias às 7h mas tenho voltado para a cama, não para dormir mas com uma ronha que não consigo explicar, resultado as caminhadas diárias têm sido um pouco mais tardias e as manhãs têm sido mais curtas, valha-me as tardes que me têm permitido ter sempre o trabalho em dia (agora a dobrar com os trabalhos do curso). Quanto a acabar com a medicação, saltou para a lista deste mês.
Outubro traz uma espécie de ar fresco que se renova, que carrega em si muitas horas de entusiasmo e trabalho num rumo longe ainda de ser seguro. Ir um pouco mais além é agora uma espécie de mantra. E é precisamente neste ir um pouco mais além que se centram todas as minhas forças, convicções e toda a fé que tudo serão passos para a frente...E é assim mesmo!
"A vida é grande e nós podemos ser tão grandes quanto ela. Um dia de cada vez"
Em setembro:
- volto ao trabalho
- recomeçam as aulas, explicações e as danças da minha filha
- levantar (máximo até) 8h
- retomar as caminhadas diárias (mínimo 5k/dia)
- arrumar gavetas/armários e móveis
- preparar as limpeza de outono
- reciclar/dar/deitar fora coisas que já não fazem falta
- continuar a alimentação de forma mais saudável e equilibrada
- recuperar o peso ganho por causa da medicação
- acabar com a medicação
- continuar a meditação diariamente
- organizar as "listas" para o novo ano que começa agora em setembro
- aniversário da minha irmã e do meu sobrinho.
... e que venham as surpresas do mês. Feliz setembro!
As aulas estão quase a recomeçar e os livros já cá cantam todos. Comecei aqui e mais uma vez missão comprida.
É hora de fazer contas.
Comprar
6 Manuais escolares com respetivos cadernos de atividade. Este ano não comprei novos, consegui comprar todos em 2ª mão, alguns nunca foram usados e outros até já vêm plastificados. Dois foram mais difíceis, mas com muita procura diária consegui. O ultimo foi comprado 10 minutos depois de ter sido colocado à venda, há dias que não havia este manual à venda em 2ª mão e os que já tinha tentado comprar não consegui fechar o negócio, já achava que este tinha que ir comprar novo, mas hoje lá estava ele à minha espera :)
Dicas para o sucesso: procurar com muita insistência e com todos os detalhes; ler bem os anúncios; ver as fotografias para perceber o estado em que estão; comparar preços (opto quase sempre por comprar mais caro pois a qualidade em que se encontram os manuais é maior, atenção que alguns vendedores querem enriquecer com livros velhos); enviar muitos emails de varios vendedores para o mesmo manual (muitos já não estão disponíveis e outros não temos resposta).
Contas finais:
* Gasto previsto - 209,75€
* Gasto efetivo - 95€
* Poupança - 114,75€
Vender
Fim de ciclo, exames feitos, hora de vender três anos de manuais. Tal como suspeitei alguns não devo mesmo consegui vender, nem sequer têm um único contacto e apresentam reduzido numero de cliques. Apesar de terem apenas três anos as escolas já não estão a adoptar. Mas até agora o balanço foi muito positivo e compensou o trabalho.
Dicas para o sucesso: fotografar bem os manuais e individualmente; comparar preços de manuais iguais já à venda para escolhermos o preço que vamos colocar (qualidade - preço, sem exagerar); discriminar bem o que se está a vender (atenção ao titulo: é muito importante por causa da pesquisa que os potências compradores fazem); gerir bem os emails (rapidamente e responder a todos); paciência e atenção na gestão dos pagamentos e no envio das encomendas.
Contas finais:
* 25 manuais à venda
* 11 manuais vendidos
* Ganho: 102€
(Ainda tenho os restantes 14 à venda, decidi manter até a escola começar, pode ser que ainda venda mais algum.)
O resultado foi super positivo, as vendas deram para pagar as compras e ainda sobra! Mais uma vez valeu bem a pena o tempo que perdi. Recomendo vivamente, nestes últimos 3 anos não fiz uma compra de um manual em 2º mão que me arrependesse, excelente estado dos manuais adquiridos. Continuar a "reciclar" para o próximo ano lectivo, sem duvida.
Agora vamos às compras...o dinheiro que não gastámos vai para roupa nova quentinha para a minha filha, recomeçar a escola com tudo o que ela precisa. Ela merece!
Á semelhança dos últimos dois anos, aqui e aqui, voltámos a reciclar. Desta vez com trabalho a dobrar: comprar e vender.
Comprar
Este ano são menos, mas nem por isso o custo dos mesmos é menor, pelo contrário quanto mais se sobe no ano de escolaridade mais caros são os manuais. A procura até agora têm sido fácil. Quatro conjuntos de manuais já cá cantam, um deles ainda cheira a novo pois nunca foi usado e mais barato cerca de 60% que comprado na papelaria. Faltam dois, provavelmente vai ser mais dificil, mas um está meio apalavrado. Depois faço as contas finais.
(uma vendedora não enviava por correio, perguntou-me se eu não poderia ir a Viana do Castelo buscar, disse-lhe que teria de fazer mais de 800km (ir e voltar) e 8h de viagem, só em gasolina e portagens gastava mais do que ir à papelaria ao lado da minha casa e comprar todos os manuais em 5minutos. não vendeu.)
Vender
Aqui a missão está a dar mais trabalho embora o resultado obtido até à data esteja a compensar. Vamos por partes:
a) Acabou-se mais um ciclo escolar, os exames estão feitos, hora de vender três anos de manuais. Em muito bom estado e alguns nunca usados embora em segunda mão, continuam novos. Dá pena deitar fora, guardados só ocupam espaço e reciclados sempre ajudarão ao orçamento de algumas famílias e ao meu também ;)
b) Colocar os anúncios é muito fácil e quando o negócio corre bem é muito rápido. Já vendi oito, alguns acho que não vou mesmo conseguir vender. São livros com muita oferta e porque as editoras lançam novas versões em muitos casos apenas uma correcção ortográfica ou mais um exercício faz logo mudar o ISNB e as pessoas já não querem. Respeito a opinião das pessoas e percebo o negócio "sujo" das editoras. Não consigo aceitar que famílias com filhos , com apenas dois anos de diferença, tenham que andar a comprar manuais porque os dos irmão já não servem. (Relato hoje de uma mãe que me comprou um manual)
c) Uma correia entre apagar os manuais que têm exercícios escritos a lápis (faço questão de entregar tudo limpinho o pior é que de tanto apagar até tenho dedos com bolhas), entre gerir dezenas de emails (alguns divertidos, outros disparatados, outros complicados) e entre entregar manuais.
(uma compradora solicitou várias fotografias do interior de 4 conjuntos de manuais que eu tinha à venda (12 livros ao todo) para mostar á mãe. sob ameaça de que sem as fotos e um desconto não comprava. não comprou.)
Próximos episódios de "reciclar livros escolares", com contas finais, brevemente...
Este ano as notas baixaram em relação aos outros anos, ela até têm estudado mas está muito aquém da média que nos habituou. No inicio do segundo período tive inclusivamente que tomar medidas a matemática e colocá-la num explicador, uma negativa numa ficha de matemática foi a gota de água para perceber que alguma coisa estava mal (ela que têm média de 85%), as queixas sobre a professora de matemática confirmaram-se e na turma só 3 é que têm positiva, portanto entendo e percebo o fato da minha filha ter descido, no entanto a prova está que as notas já subiram e o exame intermédio foi positivo.
Nunca me trouxe uma negativa, mas este período a pauta apresentava um 2 a Geografia, foi inesperado, tinha tido 71% no teste anterior e como não recebeu o ultimo teste antes das notas saírem, dei o beneficio da duvida que a nota deveria ser muito baixa, para ter um desfecho de um 2 na pauta. Por isso aguardámos...
Esta semana passei-me, a nota do teste chegou 67% e um 2 na pauta, como é possível??? (71% + 67% = 2)
Liguei de imediato para a directora de turma, que sem ao menos se dignar a tentar perceber o que se estava a passar, começou logo por atacar que a garota estava muito aquém das notas habituais. E ainda teve o desplante de ir buscar assuntos privados da garota, como se fosse a melhor directora do mundo, já é a segunda vez que a Exmª. Srª Professora Diretora vem com este tipo de ataques armada em samaritana.
Entrei em ebulição, se á coisa que me faz ferver é a injustiça. respirei fundo e expliquei à Exmª. Srª. Professora Diretora que se estava a passar e que fizesse o favor de resolver. Ainda dei o beneficio da duvida, se alguem se enganou a escrever a nota ou se eventualmente teria se passado alguma coisa que eu desconhecesse que provocasse a nota negativa, ao qual de imediato a Exmª Srª Professora Diretora me respondeu que a minha filha não era menina para isso. Só me apetece dizer algumas coisas a propósito dos professores, mas não o vou fazer, vou aguardar serenamente como este assunto vai ser tratado, exactamente como a Exmª Srª Professora me disse que era sua obrigação resolver.
Incrível, garotos com média de 47% eles sobem para o 3; garotos com média de 67% não sobem ao 4; a minha filha com média de 69% têm um dois, ainda por cima ela foi dos poucos que fizeram um trabalho para melhoria de nota, com jeitinho até dava para o 4.
A minha filha não se livra de já ter passado pela injustiça de ter na pauta uma negativa, só espero que venha no mínimo um pedido de desculpa da dita professora e a devida correcção na pauta. Se não, eu garanto que não assino as notas deste periodo e vou fazer uma queixa por escrito. Eu ensino-a todos os dias a ter respeito pelos professores, e onde está o respeito dos professores pelos alunos??
Um, dois, três, respiro fundo...e aguardo....