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Depois de dias de hibernação, voltamos lentamente à rotina dos dias. Há alturas em que parece mais fácil, outras é mesmo difícil. Num horário que começa cedo, a uma hora quase proibitiva, custa muito levantar com noite cerrada, custa muito este frio que já tínhamos sentido, mas não intensamente porque ficávamos na preguiça até mais tarde, custa a entrar na rotina e a fazer o que tem de ser feito.
Admito que me está a custar imenso. Hoje não há sol, hoje a humidade instalou-se, hoje está um frio que gela os ossos...é do frio...tudo serve de desculpa e todas as desculpas são boas para procrastinar. Mas a falta de motivação também é mais que muita. Há alturas em que basta dois dedos de conversa comigo própria. Há outras em que as horas vão passando e nada...motivação zero.
No entanto, e apesar deste sentimento que impera, principalmente causado por um frio que insiste em ficar, esta semana é de regresso ao trabalho pós-férias, numa “escala” que se irá manter até à primavera (por enquanto). Voltar é sinónimo de não passar dias sozinha em casa, de sair à rua, de ver gente e conversar, mas muito longe do bulício de outros tempos e dos quais sinto falta. O meu trabalho só faz sentido com “casa cheia”, o entra e sai de livros, estantes desalinhadas, confusão, burburinho… o problema é que estar por aqui faz-me sentir mais a ausência das pessoas e por vezes consegue ser mais penoso que estar em casa onde já sei que vou estar sozinha, no meio dos meus afazeres.
Hoje está frio, muito mais frio…