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‘Se me contemplo, tantas me vejo, que não entendo quem sou, no tempo do pensamento. (…) E recupero o meu alento e assim vou sendo’ Cecília Meireles
Estas palavras encontraram-me…durante a infância é natural criarmos dependências, até porque precisamos de todos para tudo. No entanto, essas necessidades vão desaparecendo à medida que vamos crescendo, é óbvio, não é? Então, porque é que isso não acontece? Porque é que nos vamos envolvendo mais e mais em intrincados enredos de desejos e necessidades? A Vida não é fácil, mas é mais simples do que conseguimos compreender ou queremos compreender.
Parar e analisar com honestidade, estou a desprender-me dos elos, alças e afins, será? Ou estou cada vez mais labiríntamente perdida na ilusão do ‘precisar’?
Admiro aqueles bravos/loucos que põem uma mochila às costas e vão correr o mundo, e isto até parece uma realidade distante para mim, mas não é. Posso fazer o mesmo, é apenas uma questão de mindset. Sim, e de coragem. Coragem de largar tudo o que não é importante e seguir um caminho desconhecido. O desconhecido, eis um dos meus maiores medos.
O que deixar para trás fez e faz parte do meu crescimento, mas já não sou eu. Eu sou aquela que decide, que aprende mais e mais, que quer conhecer, escutar, comparar e integrar todo esse conhecimento. E, sim, posso ensinar porque vivenciei, vi o que quis e o que não quis, senti, sofri.
E é assim mesmo!