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A velocidade com que este mês passou foi alucinante. Se por um lado o facto de estar sempre ocupada e com coisas para fazer mantiveram-me num estado menos ansioso, por outro lado a sensação deste tempo, que teima em correr, coloca-me com muitas duvidas dos obstáculos que tenho que superar e se não estarei simplesmente a procrastinar.
Como Inverno já começou a dar o ar da sua graça, comecei a preparar-me para o receber, reorganizei armários e aproveitando o sol que têm estado tenho feito algumas arrumações e limpezas que andava a adiar.
Os fins-de-semana têm sido aqui por casa, tranquilos e sem pressas. Ainda ouve tempo para mais uma escapadinha à aldeia, para mais umas limpezas de Inverno, desta vez não a três, mas a seis. Aliás as ultimas duas escapadinhas foram a seis, gosto muito que eles finalmente nos acompanhem e gosto particularmente de sentir que aos poucos aquele lugar também lhes faz bem como nos faz a nós.
#ela
A primeira ronda de testes foi positiva, aos poucos ela vai ultrapassando o problema do ano passado, está mais confiante, mais motivada e mais empenhada. De facto o sacrifício que fez para passar o ano passado, considerando o que lhe estava a acontecer, valeu bem a pena. Eu sei que as médias são fundamentais para o futuro, mas é só o principio e tudo pode ser recuperado. O nosso apoio e as novas amizades muito têm contribuído para que as coisas sigam um novo caminho. Vêr que ela, aos poucos, vai ficando emocionalmente tranquila é sem duvida prova de uma batalha vencida.
O joelho é agora o nosso principal foco de preocupação, as dores agravaram-se e a paragem da dança acabou por ser uma realidade. Medicação, exames, consultas e agora fisioterapia. Sei que ela esta muito triste mas aos poucos vai percebendo que a recuperação é fundamental para puder voltar a dançar e que isso implica fazer alguns sacrifícios. Como disse o fisioterapeuta, estas lesões são chatas pela morosidade do tempo de recuperação. Estou optimista e tenho fé que vai correr bem e que no inicio do ano ela vai poder voltar à sua paixão que é a dança, é só uma questão de tempo e paciência.
#ele
Trabalhou o mês todo, agora vivemos à semana, a situação de trabalho temporário mantêm-se com a agravante de que não é como no inicio que sabíamos que ia trabalhar por dois meses. Agora só às sextas-feiras ao fim do dia é que sabemos se ele vai trabalhar na próxima semana ou não. Ninguém consegue imaginar o que é viver assim, nesta angustia semanal, mas o mês de Outubro foi bem pior: um dia em casa, dois dias a trabalhar, cinco dias em casa, três dias a trabalhar. Aos poucos este sentimento de angustia e de revolta vai se minimizando dentro de nós, agarramos-nos á força maior que nos une e damos graças por ele estar a trabalhar. Rezo todos os dias para que uma sexta-feira em vez de lhe dizerem: "vens para a semana", lhe digam: "vens por "x" meses". Precisávamos tanto de sentir um pouco dessa paz, nem que fosse só por meia dúzia de meses. Estou optimista e tenho fé que vai correr bem, é só uma questão de acreditar e confiar.
#eu
Uns dias vou caminhar, outros tenho coisas para tratar, outros fico simplesmente a procrastinar. Odeio o horário de Inverno, incomodam-me os dias mais pequenos, acho que é por isso que sinto que os dias têm passado mais rápido. As mesmas rotinas, as mesmas paredes, por aqui ando sozinha. Certo que tenho estado sempre ocupada, mas sinto-me tipo o back office deles os dois, entram e saem, sem nunca me perguntarem como foi o meu dia.
A verdade é que apesar de me sentir sozinha não sinto a tristeza e as ansiedades de outros tempos, já faz um ano que deixei a medicação, sem duvida que foi um processo doloroso porque o efeito que o nosso organismo sente pela privação dos mesmos é difícil de superar mas olhando para trás admito que só me faziam mal principalmente porque me apercebi que me deixavam ainda mais angustiada e ansiosa. Hoje sinto-me bem melhor, encaro as noites mal dormidas como um processo natural, de dias difíceis com muitos problemas, que os comprimidos não resolvem e que é superado pelo bem estar que sinto dentro de mim.
A promessa de um emprego mantêm-se, só não sei para quando, é um "namoro" que já têm quatro anos mas que nunca se tornou oficial, tem dias que ganho grandes expectativas, tem outros que o silencio já se prolongou por tantos dias que chego a pensar que já não vai acontecer. Estou optimista e tenho fé que vou voltar a trabalhar, é só uma questão de esperar que a porta abra de vez ...é só deixar a vida acontecer.
Grata por Novembro, que sem duvida passou a correr, mas sempre com muito amor. Grata por este amor maior que habita na nossa casa. Estou optimista e tenho fé, que, muito em breve, algo bonito pode acontecer nas nossas vidas. Desperto a esperança, abro o coração e confio. E é assim mesmo!
b