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*nos dias, nas coisas e nas pessoas certas
Dei por mim muitas vezes à procura da ordem que me fazia falta aos dias e de tentar perceber o que tinha de mudar para não ter a constante sensação de estar sempre a correr, de sentir que não me sobrava tempo para dar a devida atenção ao(s) que mais me importa e muito menos a mim própria.
Ainda existem dias em que me sinto sem tempo. Ainda existem dias em procuro a ordem que me faz falta nos dias, mas aos poucos já não reviro em mim mesma. Por mais que a vida me troque as voltas, sei que não é simples nem nunca vai ser, mas a vida tem me ensinado a fazer simples mesmo quando dá muito trabalho simplificar.
Aprendi a tirar proveito das minhas habituais insónias madrugadoras, com a luz das manhãs que só eu conheço. Aprendi a não ficar a contar os minutos que me faltam para levantar e passei a trocar as voltas à vida. Todos os dias, mais de uma dúzia de minutos (que variam de acordo com o meu despertador interno), deixo-me ficar naqueles instantes de paz que se traduzem numa diferença substancial nos meus dias e num sentimento de menos peso nas costas.
Manuais de autoajuda e mindfulness contribuíram para (muito) à minha maneira e ao meu ritmo alinhar benefícios que se traduzem numa serenidade pessoal essencial e num coração mais leve. Faço-o sem falhas, persisto todos os dias, por mim e porque tenho fé e acredito que a vida não se muda sozinha. E é assim mesmo!
Entrar a pés juntos em fevereiro:
- não adiar qualquer beijo.
- ser paciente com o amor.
- amar todos os dias, a família, os que me são mais próximos.
- ouvir música todos os dias.
- não ficar presa às falhas de ontem, aceitar o que se perdeu hoje e acreditar nos milagres de amanhã.
- ter um entusiasmo sempre à mão.
- plantar e esperar, confiar com paciência e sem pressa.
- (re)começar, quando necessário e estar no mundo de forma a que consiga ouvir-me viver.
Para praticar todos os dias porque tenho fé e acredito que me torna maior e melhor. E é assim mesmo!
Palvras que podiam ser minhas (se eu soubesse escrever assim):
“O tempo tudo cura e tudo mata; a mágoa passa, a deceção não nos mata, o hoje é o reflexo de ontem, os verdadeiros amigos permanecem e os falsos, felizmente, vão embora. Compreendi que as palavras têm força, que o olhar não mente e que viver é aprender com os erros. Aprendi que tudo depende da vontade, que o melhor é sermos nós mesmos e que o segredo da vida, é viver! A vida é como uma câmara. Foco o que é importante, capto bons momentos e desenvolvo a vida a partir de negativos. E, se as coisas não derem certo, tiro outra foto. Não destruo o futuro com problemas do passado. A vida é feita de escolhas. Quando dou um passo para frente, sei que alguma coisa fica para trás. A vida fez-me compreender que algumas pessoas foram feitas para ficar em nossa vida, outras foram feitas para ficar na nossa memória. Nunca corro atrás de alguém que não dá um passo por mim. Admiro as pessoas que admitem o erro, dizem que estão com saudades e deixam de lado o orgulho. Gosto das pessoas que sabem dar valor ao que têm, que fazem por merecer e não fingem ser o que não são. Chega um tempo na vida que a gente aprende que ninguém nos dececiona, nós é que colocamos expectativas demais sobre as pessoas. Cada um é o que é e só oferece aquilo que tem para oferecer. (…)” M. Amorim
"O segredo da felicidade está na liberdade; o segredo da liberdade está na coragem." Péricles
Estas palavras encontraram-me… mesmo que não queira ou não goste, a vida é feita de rotinas. Levanto-me quase sempre à mesma hora para ir trabalhar, faço todos os dias o mesmo trajeto de casa para o emprego e do emprego para casa. É inevitável! Esta é uma consequência da vida adulta. Contudo, não é preciso dinheiro nem uma grande criatividade para mudar uma ou outra coisa enriquecendo esta rotina, verdade? Organizando de uma outra forma a agenda, tudo se consegue.
Fugir do habitual… ir de encontro aos meus hobbies que compensem esses hábitos do dia-a-dia. De facto, por vezes, nem tempo para isso existe… acho eu. Existe sim! Basta querer e crer. Basta pôr a imaginação a funcionar e pensar nas pequenas coisas que gosto de fazer que me trarão um sorriso e que me farão chegar a casa com outro humor.
Libertar das amarras que a sociedade impõe ou até mesmo daquelas que imponho a mim própria e tirar melhor proveito da vida e dos pequenos momentos de descanso que ela oferece. Sentir liberdade, ter coragem de experimentar coisas que sempre quis mas nunca tive tempo ou ânimo para fazer. Não quero chegar ao fim da vida a enumerar as coisas que podia e desejava ter feito e não fiz! E é assim mesmo!
“Não faças do presente um futuro cheio de lamentações e arrependimentos do passado.” autor desconhecido
Estas palavras encontraram-me… quando falamos da importância de viver o agora, é no fundo isto que se quer transmitir. Enquanto estiver de olhos cravados no chão cheios de pena de mim porque a vida é assim ou assado, estou a construir um futuro pobre, vazio. A intensidade do meu futuro semeia-se aqui e agora, nas pequenas e grandes coisas, na maneira como enfrento as situações de alegria e de pesar. Nas de alegria, a tendência é fugir com medo porque mais tarde vou chorar (pensamento típico português), nas de pesar massacro-me ainda mais com pensamentos pessimistas. No fundo o que realmente importa é aceitar com serenidade, mesmo sabendo que nem sempre foi, é ou será perfeito.
É sempre bom lembrar todos os dias que o equilíbrio começa em casa. O meu templo, a minha família vem com certeza em primeiro lugar. Olhar um pouco para dentro e para as minhas “bases”, ver se estão seguras e aproveitar para dedicar algum tempo para mim e para eles. E se a tudo isto juntar uma atitude mais positiva poderá ser meio caminho andado para dias bem melhores. E é assim mesmo!
“A respiração está alinhada com corpo e mente e ela sozinha é a ferramenta que pode uni-los, iluminando e trazendo ambos para a paz e a tranquilidade… Mantenha sua coluna erecta. Isso é muito importante. O pescoço e a cabeça devem estar alinhados com sua coluna vertebral; eles devem estar erectos mas nem duros nem tensos. Mantenha seus olhos focados um ou dois metros à sua frente. Se você puder, mantenha um leve sorriso. Agora comece a seguir sua respiração e a relaxar os músculos. Concentre-se em manter sua coluna erecta e seguir sua respiração. Em relação a todo o resto, deixe ir. Deixe absolutamente tudo ir”. (“let go of everything”) Thich Nhat Hanh
A praticar todos os dias quando ainda o sol não nasceu... gasto parte do meu tempo a pensar em coisas que não valem a pena... e ainda por cima tenho a mania de sofrer por antecipação! Foco-me demasiado nos erros, nos medos, nas qualidades menos fortes, em de vez fazer o melhor que sei com o que tenho. A isto se chama aceitação e inteligência.
Ando a dormir pouco, levo para a cama o corpo cansado, atulhado de tralha mental e ainda me pergunto porque é que acordo demasiadamente cedo. Reviver nesta altura do dia o passado, tempestades e chatices só faz com que tenha noites mal-dormidas e, com muita probabilidade de acordar mais cansada do que quando me deitei.
Ora, troco as voltas à mente que está a criar dificuldades, até porque se o corpo está a descansar e eu não consigo dormir, não há razão para forçar. O sono é uma dessas energias que não podem ser controladas. Se tentar controlá-lo, vou ficar agitada.
Por isso aproveito esse momento para meditar. Em vez de ficar preocupada porque perdi o sono, aproveito as horas até o despertador tocar para ficar deitada em silêncio, a desfrutar o silêncio da noite, descanso, e oiço… os sons da noite estão ali.
Por vezes até volto a cair lentamente no sono outra vez, contudo o fato de o sono vir ou não vir torna-se irrelevante, é simplesmente uma estratégia interna porque o importante é relaxar nesses sentimentos.
E é assim mesmo!