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“Não é que tenhamos pouco tempo para viver, mas sim que desperdiçamos muito dele. A vida é longa o suficiente, e nos foi concedida em quantidade generosa para alcançarmos grandes feitos, se soubermos investir cada momento com atenção.” Sêneca, Sobre a Brevidade da Vida
Estas palavras encontraram-me... mais uma vez, foi um “bora lá!”. Já estamos no outono, e com o fim do mês à vista os dias começam a encolher. O quintal pedia cuidado antes que as primeiras chuvas chegassem e tornassem tudo mais difícil. Era hora de preparar o descanso do inverno, limpar, arrumar, garantir que a água corre bem e que tudo respira em paz. Nada disto foi planeado. Metemos o essencial no carro e lá fomos, os dois. Como já tínhamos lá estado no verão, sabíamos o que nos esperava, bastou abrir as janelas e deixar o ar fresco entrar. Desta vez, o foco era o quintal… e fazer apenas o que o corpo e a vontade pedissem.
Começámos cedo no sábado. O tempo ajudou e, no final do dia, celebrámos com um magusto improvisado. As castanhas não eram as melhores, é verdade, mas o sabor da simplicidade compensou tudo. A noite estava amena, e ficámos lá fora, sem horas, a conversar, a rir e a respirar devagarinho. Desligámos do mundo e voltámos a sentir o que é estar simplesmente presentes.
O fim de semana passou depressa demais — entre a azáfama de deixar tudo em ordem e o corpo cansado, quase parecia que um camião tinha passado por cima de nós. Mas a mente veio leve. Veio serena, com aquela sensação boa de missão cumprida… mesmo sabendo que ficou muito por fazer. E isso, para mim, é tudo o que um fim de semana precisa de ser. Voltámos em paz. E é assim mesmo!

"todososdias"

"todososdias"
Simplificar a vida. Ligarmo-nos ao que o campo nos dá. Preferir a calma da casinha da aldeia.
* resumir os dias de verão, das nossas férias
resumir junho vs dias muito bonitos 🏡
"Uma das coisas mais belas da vida é a oportunidade que temos ao abrirmos uma janela. Seja ela exterior para vermos o canto dos pássaros, seja ela interior para reconhecermos o solo fértil que carregamos dentro da alma!" Adélia Prado
* tempo certo para arrumar a casa e a cabeça, para limpar a alma e prepará-la para o que vem a seguir… o ano começou atribulado e os primeiros meses do ano foram demasiadamente intensos, trabalhámos os três em velocidade cruzeiro; a tão esperada cirurgia dela aconteceu com uma recuperação que se prevê longa mas que tudo indica que é o caminho certo; o meu coração fez alarido e obrigou-me a uma paragem dura, inesperada, súbita e em jeito de alerta estou a aprender a serenar mais e a fazer tudo ainda mais devagar; o processo de certificação dele finalmente chegou ao fim, uma interrupção por troca de coordenadores tornou tudo demasiadamente longo, pesado e exaustivo mas que acabou com enorme satisfação e orgulho.
* tempo certo para umas férias, habitualmente junho é mês de mini-mini férias, mas este ano optamos por prolongar roubando dias a agosto com dois pulinhos distintos, mas muito especiais. o primeiro pulinho foi regressar à aldeia onde não íamos desde o ano passado, é habitual fecharmos a casa a seguir ao são martinho e voltarmos a abrir ao poucos pelo carnaval para estar confortável pela nossa páscoa, mas desta vez foram muitos meses de ausência, os três doentes, muito cansados e um inverno muito rigoroso acabou por se tornar em muitos meses de ausência, uma preocupação que se desvaneceu quando chegámos, a casinha da aldeia estava à nossa espera. o segundo pulinho foi uma promessa de passagem de ano que fizemos os dois há já alguns anos atrás e que finalmente conseguimos começar a concretizar, promessas são para se cumprir não importa quando.

"todososdias"
* tempo certo para abrir as janelas, renovar a fé, para crer no nosso verão que já começou, para respirar fundo e sentir o conforto bom de dias grandes de sol a praticar o não-fazer-nada e a deixar a leveza entrar.
Se há coisa que aprendi com a vida, é que uma ou duas coisas, exteriores e interiores, vão correr mal, mas que de uma forma ou de outra resolvem-se… foi junho, e a minha casa respira aos poucos como eu: tranquila. E é assim mesmo!

* voltar ao lugar que nos faz bem... e que nos recebe de braços abertos
Não estava nos planos, aliás são raras as vezes que o planeamos, em regra geral é um… bora lá!
Ir buscar as coisas guardadas no sótão para a princesa ir de férias foi o mote desta vez, mais uma escapadinha em que o mais difícil é sempre o regressar. O corpo habituado ao ritmo das semanas aguentou a azáfama de pôr tudo a jeito, desempoeirar, limpar e lavar. (e que boas memórias revisitámos - ❥-). Um fim-de-semana sem horas, onde desligamos do mundo e absorvemos a certeza de luz e de tempo.
Graças aos dias grandes que o verão nos traz, ainda conseguimos parar ao final da tarde, deixámos a energia entrar e respiramos devagarinho. Acredito e tenho fé que tudo nesta vida tem uma razão para acontecer, começo a concluir que fim-de-semana fora de planos e com voltas trocadas é fim-de-semana que não se esquece de tão bom... e um tão bom motivo para agradecer. Bora lá voltar!

"Uma das coisas mais belas da vida é a oportunidade que temos ao abrirmos uma janela. Seja ela exterior para vermos o canto dos pássaros, seja ela interior para reconhecermos o solo fértil que carregamos dentro da alma!" Adélia Prado
* tempo certo para arrumar a casa e a cabeça, para limpar a alma e prepará-la para o que vem a seguir, para pedir ao coração que bata mais devagar, que faça menos alarido, que serene… maio e junho foram intensos, casámos a prima, trabalhamos em modo velocidade cruzeiro, ajudamos no processo de certificação dele, tivemos as festas da santa terrinha e pelo meio umas mini-mini-férias com dois mini-mini-pulinhos à aldeia, os dias voaram.
* tempo certo para abrir as janelas, renovar a fé, para crer no nosso verão que começa daqui a menos de nada, para respirar fundo e sentir o conforto bom de saber que ainda vamos ter dias grandes de sol a praticar o não-fazer-nada e a deixar a leveza entrar.
Se há coisa que aprendi com a vida, é que uma ou duas coisas, exteriores e interiores, vão correr mal, mas que de uma forma ou de outra resolvem-se… é julho, e a minha casa respira como eu: tranquila.
E é assim mesmo!