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Eu sei que não há milagres e que os electrodomésticos não duram uma vida, mas deviam!
Eu sei que por vezes os electrodomésticos apenas sofrem uma avaria, mas avariarem dias depois de acabar o prazo de garantia, não deviam!
irr@ ! … Agora tenho que me levantar minutos mais cedo para podermos ir trabalhar com os devidos níveis de cafeína. Valha-nos a nossa velhinha máquina de café de filtro que faz parte da nossa mobília inicial da casa, vai ter que se aguentar forte e feio até eu arranjar “budget” e uma boa promoção para comprar uma máquina nova.
Recuso-me a gastar uma fortuna em electrodomésticos que não duram tempo nenhum, já é a quarta máquina que temos… ou é pouca sorte ou não sei comprar máquinas de café… irr@ ! …
Os portugueses têm a memória curta, ou andam a consumir muito queijo, ou sou apenas eu e o meu jeito de implicar com tudo e todos.
Fez precisamente 2 anos que vim para casa, sem pão, com pouca comida em casa e sem papel higiénico, porque não faço stock e porque até ser decretado estado de emergência estive sempre a trabalhar, ao contrário de muitos que uns dias antes se fecharam nas suas bolhas com as despensas cheias.
Dia do pai, era dia de fazer bolo, mas não havia farinha no supermercado, .... irr@ !
Tive um 'dejá vu'... "again".
Caríssimos, não ouvem as notícias? Os governantes, economistas e demais analistas referem que é prioritário racionalizarmos. As coisas só vão falhar se formos egoístas, temos que racionalizar e parte da consciência de cada um de nós. Pandemia, seca e guerra... um verdadeiro "cocktail molotov", a subida dos preços vai ser inevitável e a crise que se avizinha vai ter precedentes que ainda não consigo imaginar. Não é meu intuito tecer considerações pelo que se está a passar no mundo, apenas quis fazer um bolo ...e porr@ , não tinha farinha.
Não, não fui a correr para as compras. Sou fã de promoções, talões e outros descontões, mas não faço stock em larga escala, compro sempre apenas o que preciso, exceção para algumas coisas que detesto que me faltem e que por hábito tenho sempre UMA embalagem como reserva (é caso do azeite, do sal e do papel higiénico – apenas um rolo).
Ao fim de duas semanas, o meu frigorífico e a minha despensa estão pior que nos tempos da crise de 2008. Vazio, vazio, vazio. “Venha de manhã cedo” disse-me o empregado do talho, com a minha cara incrédula ao ver o balcão vazio. Vazio, vazio, vazio. Como vou de manhã se estou a trabalhar?
Não venham com merdas de abraços, de solidariedade, de partilhas... cambada de egoístas que se fecharam em casa, com subsídios do estado, abasteceram em larga escala, falam de barriga cheia e enchem as redes sociais com palavras de gratidão. Pois palavras leva o vento e os atos são para quem os pratica. Falo com conhecimento de causa e porque o estou a sentir na pele, desde os primeiros dias do mês que o meu marido está a trabalhar a triplicar. Sem necessidade porque não vão faltar bens de primeira necessidade, sem condições, sem subsídios, sem compensação pelo esforço, sem pão.
Vazio, vazio, vazio. Nem pão, nem farinha para a minha MFP.
Gratidão pela senhora que não conheço de lado nenhum que dividiu o seu pão comigo. Apesar de tudo há gente muito boa.
Pequena reflexão: Não podemos voltar ao normal, porque normal era exatamente o problema. Precisamos de voltar melhores. Menos egoístas. Mais solidários. Mais humanos.
Nesta altura do ano aproveita-se para fazer um balanço e iniciar objectivos de gastos e poupanças. Cá em casa temos um orçamento familiar, inicialmente usava a minha agenda, onde apontava as receitas e as despesas, com o passar dos anos passei para folhas de Exel no computador, que entretanto foi sofrendo ajustes. Algumas despesas foram inclusivamente desdobradas, principalmente as de supermercado, porque atribuía-lhes um valor mensal mas raramente gerava um compromisso e por vezes apercebia-me que não o conseguia cumprir.
Diariamente aponto todas as receitas e despesas. O que me permite comparar gastos mensais e anuais, e é muito gratificante, no que concerne ás despesas, poder constatar que a maioria das rubricas (casa, carro, educação, seguros, saúde, lazer, créditos, impostos) mantiveram ou inclusivamente diminuíram os gastos. Principalmente quando a nossa receita anual reduziu nos últimos 4 anos em quase 50%. Claro que os créditos (casa, carro, bens de consumo) estão praticamente todos liquidados, o que é uma significativa condição que me permite, inclusivamente, ter nos últimos anos uma rubrica só para poupança. Recordo que quando fiquei desempregada a 1º vez, o meu marido estava com salários em atraso, por vezes pagava os créditos com os próprios créditos, nunca fiquei a dever nada, mas era uma bola de neve que teimava em não parar.
No entanto existem quatro rubricas de despesas que não são mensais, e que leva a que nos meses a que dizem respeito tenham que levar ajustes mais drásticos no orçamento familiar, muitas vezes colmatados com receitas por exemplo do IRS: os seguros são semestrais ou anuais, porque se traduzem em poupança de mais de 20€ a cada um; o IMI é pago em duas prestações definidas pelas finanças; o carro que anualmente têm revisão, manutenção, inspecção e imposto; Férias e Natal como não temos subsídios tenho por habito acautelar e quando não são utilizados, como foi o caso do ano passado que não fomos de férias, transitaram para a rubrica poupanças.
Recordo que na infância a minha mãe tinha na gaveta da cómoda quatro envelopes, que representavam as quatro semanas do mês, continham o dinheiro para as despesas semanais e permitiam gerir a casa de forma eficaz. Foi nessa base que fiz o desdobramento para a rubrica de supermercado, tenho uma folha de Exel dividida por meses e valores semanais, só sou muito rigorosa no valores mensais por causa da gestão do orçamento familiar, no entanto os valores semanais variam porque procuro poupar sempre que é possível e fazer compras inteligentes (utilizo muito os descontos e promoções dando especial atenção à melhor relação custo/benefício/qualidade, o que me permite verificar nesta rubrica que em 2015 gastei menos 100€ relativamente ao ano anterior e que consegui mais de 400€ só em descontos e promoções).
Após ter feito várias análises, seguindo a técnica dos envelopes, este ano vou experimentar desdobrar as quatro rubricas não mensais. Dividi numa folha de exel os valores anuais de cada uma delas pelos doze meses do ano, e como são quatro, a cada semana coloco nos envelopes o valor correspondente. Existem meses de cinco semanas que por agora vou deixar como folga. Como é que isto se vai traduzir no orçamento familiar ainda não sei muito bem porque vou começar a experimentar este mês, mas para já as despesas mantêm-se pela totalidade nos meses correspondentes. O objectivo é apenas que quando estas despesas tiverem que ser pagas, eu já ter o dinheiro de parte e não ter que fazer os habituais ajustes drásticos.
Todos os meses é um complexo exercício financeiro, que nem sempre corre da melhor forma, principalmente porque eu estou desempregada e ele continua na situação precária de trabalho temporário em que têm dias que fica em casa o que torna muito difícil a gestão do orçamento familiar no que concerne às rubricas de receita que não são iguais todos os meses. Mas tudo isto é possível analisar, porque aponto todas as despesas e me permite saber exactamente para onde vai o dinheiro. Provavelmente existem gestões mais eficazes, mas esta têm resultado cá em casa.
Ainda só estamos no primeiro mês do ano e as mudanças na nossa vida profissional de certeza que irão ter implicações no nosso orçamento familiar...embora ainda não saiba bem se serão boas ou más, por isso, o que está feito por agora é o mais honesto e realista face à nossa realidade actual.
(ou pelo menos o homem cá de casa)
Comprar soutiens novos, é como comprar uma camisola nova, têm que experimentar, vestir, despir. Sair da loja com soutiens novos no saco é uma alegria e sentimos-nos muito vaidosas.
Ok, ok, talvez tenhamos demorado um bocadinho demais, mas não esprimentámos todos...quase :P