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“A nossa maior fraqueza é a desistência. O caminho mais certeiro para o sucesso é sempre o de tentar uma vez mais” Thomas Edison
Estas palavras encontraram-me… um pouco de ambição não faz mal a ninguém, pelo contrário, porque esta característica impede-me de parar, de estagnar. Quando era nova tinha a mente cheia de sonhos, mas, aos poucos, fui perdendo algumas dessas aspirações, fui deixando cair alguns objetivos, mas não me permiti a perder a fé e o brilho. Quando era jovem acreditava que podia mudar o mundo, porém, na altura não tinha maturidade e aos poucos a vida mostrou-me que nem sempre os sonhos se concretizam, e às vezes, ainda bem. Olhando para trás vejo que alguns deles eram quimeras.
Agora tenho mais experiência que joga a meu favor, então, porquê desistir? Desistir agora? Com tudo o que arrecadei durante estes anos posso fazer muito mais e melhor. A vida ensinou-me a olhar e a seguir sempre em frente, todos os dias, por isso escolho, decido e luto pelo que quero. Em frente!
E é assim mesmo!
A palavra correta para definir os acontecimentos do último mês é ‘Avaria’. Não chegam os dedos das mãos para enumerar a quantidade de ‘Avarias’.
Como uma "desgraça nunca vem só", as ‘Avarias’ propagaram-se a uma velocidade que mal deu para respirar, desde os estores, às máquinas de lavar roupa e loiça, máquina de café, ferramentas de bricolage entre outras peripécias que também posso denominar de ‘Avarias’. Pelo meio pintámos a sala, que me desorganizou a casa por vários dias, e ainda uns dias de casa cheia de gente, que implicou uma logística muito para além do habitual e muita gestão de relações familiares. A lista foi extensa e ainda estou modo 'digestão', [eu e a minha carteira]. Tenho o ritmo biológico todo baralhado, saí das rotinas, o trabalho também apertou e ainda tive que fazer mais horas.
Até um dente resolveu ‘Avariar’…Irr@!
No que tira e no que dá a vida sabe o que faz, por este meu crer, confio, não desisto e nem é tempo de baixar os braços. Por vezes o melhor é mesmo esperar apenas que tudo passe, tal como diz o povo "depois da tempestade vem a bonança", por isso é que acredito e tenho fé que mesmo que a vida me troque as voltas vale sempre a pena.
Aos poucos as ‘Avarias’ passam gradualmente a ‘Reparado’, a sala está pronta (ainda aproveitámos para arranjar algumas coisas que estavam pendentes há muito tempo), alguns electrodomésticos já estão operacionais (o custo-benefício sem dúvida que compensou), no trabalho é altura de tratar dos pendentes que não conseguimos fazer em tempo de aulas (em época de exames quase parece que estamos em modo pandemia com corredores vazios), o dente já saiu dos cuidados intensivos (ainda está em internamento mas está a responder bem ao tratamento), o restante da lista vai-se compondo ao ritmo que a vida flui. É altura de arrumar gavetas, reciclar o que já não faz falta, alinhar ideias, respirar fundo...abrir as janelas e deixar entrar o sol.
E é assim mesmo!
[Vou ali pôr a máquina da roupa a lavar porque depois de tantos dias de interregno, ela não pense que foi de férias…bora lá trabalhar]
“Não se viam as plantas cobertas pela neve. - E o lavrador, dono do campo, comentou jovialmente: "Agora, crescem para dentro". - Pensei em ti; na tua forçosa inatividade - Diz-me: também cresces para dentro?” Josemaría Escrivá
Estas palavras encontraram-me… raramente a minha inércia e/ou inação indicam crescimento interior, indica pelo contrário, uma recusa mais ou menos consciente de crescer, e então adopto uma postura de: “As coisas não vão bem, não vão como eu quero, portanto, vou ficando por aqui que aqui é confortável”
Acredito que uma boa parte do percurso está já para trás das minhas costas e boa parte do trabalho mais pesado também. Olho para o que já construi, faço uma avaliação honesta da minha vida e orgulho-me daquilo que já ultrapassei e do que já venci. Há mais trabalho pela frente? Sim, é verdade, há, mas que seca seria a vida sem ele. Porém, o trabalho deve trazer-me satisfação e prazer, senão acaba por ser um fardo e aos poucos a desmotivação instala-se ao ponto de por vezes chegar até a pensar: “para quê esforçar-me?” Para minha própria satisfação, ora! Não desisto de me realizar. Porque haveria? Se no emprego onde estou não tenho hipótese de mudar ou melhorar, se não posso ser proativa nem crescer então procuro fora daqui. Procuro fora o que não tenho dentro. Uma atividade extra, um hobbie, atividades criativas, intelectuais ou espirituais. Há tanta coisa para fazer, só fica sem nada para fazer quem quer. Estímulos, preciso de estímulos, hoje e sempre.
E é assim mesmo!
“Qualquer um pode zangar-se, pois isso é muito simples. Mas zangar-se com a pessoa adequada, no grau exacto, no momento oportuno, com o propósito justo e de modo correcto, isso, não é tão fácil como isso.” Aristóteles
Estas palavras encontraram-me...tão apropriado aos inexplicáveis acontecimentos do ultimo fim-de-semana.
Não é fácil mas podemos adquirir com o tempo esta fantástica capacidade! A Temperança é isto mesmo, é conseguir ter noção de quando devemos calar-nos ou quando devemos “dar um murro na mesa”, que às vezes também preciso. Não parece que seja agora, a Temperança é calma, é a bonança…
O dia acordou cinzento. "O fim de agosto é sempre assim" (recorda a minha mãe espreitando à janela ainda estremunhada).
Será que tenho que ser ainda mais paciente, e esperar que setembro chegue finalmente. Esta impaciência está a dar conta de mim, sei que não estou bem, e sei bem o que me perturba. Isto não está nada fácil e eu é que sei. Gosto de saber bem o que piso, com o que posso contar, mas por mais paciência que eu tente arranjar no fundo das minhas forças está a ser muito difícil lidar com tudo isto e não sei como ultrapassar. Por muito que eu tenha que interiorizar estas palavras o certo é que ficar parada e esperar o que irá acontecer está a dar conta de mim.
Não gosto desta sensação de que a minha vida está parada e que não há qualquer tipo de progressos. Fico na duvida se a situação exige paciência ou se estou a procrastinar e que não devo esperar mais, mas sim agir! Fica esta incerteza de que não tenho feito tudo o que está ao meu alcance para alterar as situações a meu favor...
Enquanto setembro não chega, com a queda das primeiras folhas... espero. Espero que ciclos se fechem para preparar novos. Espero que me paguem, que o projeto avance, que as coisas aqui por casa estabilizem, que a ansiedade vá embora, que..., que...
É um ciclo que novamente se repete, novamente à espera. Acredito que é novamente a Vida a preparar-me para assumir os desafios que virão com o que está à frente. Tudo o que eu estou à espera virá quando deveria. Com fé...com paciência. E é assim mesmo!