Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
"É pela vida que se chega a esse ponto de identificarmos o que é que não é para perceber. Que algumas perguntas têm mesmo de ficar sem resposta, sem que isso signifique abdicar da capacidade de ler o mundo, de registar. Tem de se passar pelas muitas declinações do inconcebível. A parte boa é que, sobrevivendo ao inconcebível, há algo em nós que é invencível. Haja vida em nós, esse dado invencível. Com alguma sorte, conservamos alguma inocência. Com alguma sorte, aprendemos a ganhar distância. Com alguma sorte, transformamos numa fortaleza serena a possibilidade permanente de nos (des)iludirmos. Haja as perguntas que houver, que haja sempre um lugar que seja seguro. Um lugar qualquer onde chegamos, respiramos fundo, dizemos baixinho deixa lá e, sem que saibamos como, está tudo bem tal como está, nesse lugar que para nós for seguro." m.araújo
Estas palavras encontraram-me...o mês foi duro mas nós também somos. Começou com dias muito frios e acabou com dias de chuva e muito cinzentos, começou com a adaptação a novas rotinas (que se programaram até março) acabou com o regresso a casa e à semelhança do primeiro confinamento sem data e sem perspectiva de nova programação, começou com ela num estágio que nunca veio e acabou de volta a casa confinada a exames, só para ele é que janeiro não trouxe alterações. Começou também com o 'bicho' a entrar na vida das minhas pessoas queridas e a distância acabou por se tornar no maior obstáculo impossibilitando-me de poder ajudar. Graças a Deus acabou bem, só não sei é quando os vou poder voltar a abraçar, não vou aguentar estar mais um ano sem estar com eles.
É janeiro a dar novamente tempo ao tempo, de parar e escutar de deixar estar, de deixar ficar e de deixar a poeira assentar. É janeiro a deixar entrar o silêncio, de fazer pausa nos mil pensamentos e nas mil coisas que tenho sempre para fazer. É janeiro obrigar-me a viver mais devagar e a ensinar-me a usar mais o verbo cuidar. É janeiro a dizer-nos que na nossa casa é onde está o nosso coração, o nosso porto de abrigo.
Depois de dias de hibernação, voltamos lentamente à rotina dos dias. Há alturas em que parece mais fácil, outras é mesmo difícil. Num horário que começa cedo, a uma hora quase proibitiva, custa muito levantar com noite cerrada, custa muito este frio que já tínhamos sentido, mas não intensamente porque ficávamos na preguiça até mais tarde, custa a entrar na rotina e a fazer o que tem de ser feito.
Admito que me está a custar imenso. Hoje não há sol, hoje a humidade instalou-se, hoje está um frio que gela os ossos...é do frio...tudo serve de desculpa e todas as desculpas são boas para procrastinar. Mas a falta de motivação também é mais que muita. Há alturas em que basta dois dedos de conversa comigo própria. Há outras em que as horas vão passando e nada...motivação zero.
No entanto, e apesar deste sentimento que impera, principalmente causado por um frio que insiste em ficar, esta semana é de regresso ao trabalho pós-férias, numa “escala” que se irá manter até à primavera (por enquanto). Voltar é sinónimo de não passar dias sozinha em casa, de sair à rua, de ver gente e conversar, mas muito longe do bulício de outros tempos e dos quais sinto falta. O meu trabalho só faz sentido com “casa cheia”, o entra e sai de livros, estantes desalinhadas, confusão, burburinho… o problema é que estar por aqui faz-me sentir mais a ausência das pessoas e por vezes consegue ser mais penoso que estar em casa onde já sei que vou estar sozinha, no meio dos meus afazeres.
Hoje está frio, muito mais frio…
Depois de dias de hibernação profunda, voltamos lentamente à rotina dos dias. Há alturas em que parece mais fácil, outras é mesmo difícil. Num horário que começa cedo, a uma hora quase proibitiva, custa muito levantar com noite cerrada, custa muito este frio que já tínhamos sentido mas não intensamente porque ficávamos na preguiça até mais tarde, custa a entrar na rotina e a fazer o que tem de ser feito.
Admito que me está a custar imenso. Hoje não há sol, hoje a humidade instalou-se, hoje está um frio que gela os ossos...é do frio...tudo serve de desculpa e todas as desculpas são boas para procrastinar. Mas a falta de motivação também é mais que muita. Há alturas em que basta dois dedos de conversa comigo própria. Há outras em que as horas vão passando e nada...motivação zero.
No entanto, e apesar da preguiça que impera causada por um frio que insiste em ficar, já fiz uma apresentação e novas propostas e relatórios já começam a ganhar vida. Hoje estamos os três em casa, cada um no seu canto, com a sua tarefa, cada um com a sua manta e chá quentinho a acompanhar. Mesmo em dias de muito frio são estas pequenas coisas que nos aquecem, momentos que nos fazem sentir gratos e acções que nos fazem acreditar. Cá por casa gostamos daquilo que é nosso, muito nosso. E é assim mesmo!
É sem dúvida uma das épocas mais bonitas do ano, também é verdade que o Natal passa a voar. Estes dias estamos em mini-férias, quase sempre estamos de férias entre o Natal e o Ano Novo, sou uma sortuda admito, e sem duvida esta é a altura prefeita para descansar um pouco e recuperar energias. Dormimos até tarde, calçamos muitas meias quentinhas, tomamos o pequeno almoço com calma, e passamos algumas tardes em modo-sofá. Hummm, com o friozinho que têm estado...sabe bem!