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Lá vou eu falar de harmonia interior! A harmonia interior não se constrói de um momento para o outro. Não se pode estalar os dedos e, 'tcharan', vivo em paz, porque o passado e o meu medroso ego estão sempre presentes, criando dificuldades e protelando porque não sabem o que o futuro lhe reserva e o desconhecido pode ser assustador… Mas há um momento em que tenho de dizer: É agora! E esse “agora” por norma, surge depois de um sinal forte... Como se constrói a harmonia? Deixando de me preocupar com futilidades, sorrindo mais, endireitando as costas numa postura digna, vivendo com o coração em paz e amando-me.
E é assim mesmo!
"Eu gosto de quem facilita as coisas. De quem aponta caminhos ao invés de propor emboscadas. Eu sou feliz ao lado de pessoas que vivem sem códigos, que estão disponíveis sem exigir que você decifre nada. O que me faz feliz é leve e, mesmo que o tempo leve, continua dentro de mim. Eu quero andar de mãos dadas com quem sabe que entrelaçar os dedos é mais do que um simples ato que mantém mãos unidas. É uma forma de trocar energia, de dizer: você não se enganou, eu estou aqui. Porque por mais que os obstáculos nos desafiem o que realmente permanece, costuma vir de quem não tem medo de ficar." Fernanda Gaona
Estas palavras encontraram-me, uma espécie de mantra para o fim-de-semana. Lembrar sempre que o que realmente conta são as vitórias, as conquistas e a felicidade, porque isso sim vale a pena compartilhar! Os dias tem sido cinzentos, mas a primavera está à porta e está quase na hora de ir lá para fora, encontrar as flores, encontrar o céu, encontrar o sol, encontrar o ar. Até lá aproveitamos cá dentro as coisas simples da vida.
Que seja leve e que continue dentro de nós. Acreditar sempre que todos os dias são perfeitos para sermos felizes. E é assim mesmo!
Para criar coisas diferentes e desejáveis, é preciso "olhar" para elas. Janeiro é mês de olhar para aquilo que eu quero, olhar para o lado de dentro. A minha mente, palavras e acções, devem estar voltadas para o que eu quero. Tranquilizar o coração. Cuidar de mim. Agradecer com amor as coisas que a vida me vai dando. Acreditar que no tempo certo e quando menos esperar estarei a viver o sonho que vive em mim.
E é assim mesmo!
oficialmente em casa...
(Eu) muito embora os primeiros dias fossem com algum teletrabalho...era certo e sabido que a coisa ia abrandar.
(Ele) pertence ao grupo dos serviços obrigatórios por isso têm que ir trabalhar...eventualmente virá para casa duas semanas no fim do mês de abril, conforme escala do plano de contingência, e a descontar nos dias de férias.
(Ela) Com muitas indefinições, num semestre que arrancou com apenas dois dias de aulas, planeiam-se e realizam-se alguns trabalhos. Incertos quanto a avaliações, mas com a certeza de que depois da Páscoa as aulas serão não-presenciais.
Sei bem o que é estar a trabalhar em casa, e sei bem o que é estar em casa sem trabalho por isso sei bem da necessidade básica de nos organizarmos e termos rotinas. Entre as memórias de voltar a (re)viver tudo outra vez, com o tempo e as longas esperas contra nós, bem como com a consciência que 10 anos depois tudo vai ser bem pior, há, portanto, que implementar ações estratégicas para nosso bem. Começámos com algumas e outras que estão na "calha" serão alvo de (re)implementação nas próximas semanas:
* limpar, limpar, limpar
Antecipam-se as limpezas de verão, estar em casa impulsiona o meu distúrbio obsessivo compulsivo para limpezas, vai ser repartido por algumas semanas é certo, mas:
- limpei o escritório, e o quarto (incluído cortinados, tapetes e volta pelas estantes cheias de objetos que esperavam melhores dias para serem arrumados)
- arrumei roupas/roupeiros/gavetas (a regra foi esvaziar, limpar e voltar a colocar tudo lá dentro outra vez, destralhando algumas coisinhas)
- lavei casacos/kispos/gabardines (antecipando que o regresso ao trabalho se fará com dias mais quentes)
*exercício, exercício, exercício
Por aqui os outfits mudaram, variam entre pijama e roupa desportiva. Na crise de 2008, caminhar era o plano A, com o bicho à solta na rua, exercícios online são agora o plano B. Levantamos cedo, organiza-se a marmita dele bem como as coisas da casa do dia-a-dia. Prontas na sala e devidamente equipadas, mãe e filha, saltam do Aerohiit para a Tabata, Pilates, Alongamentos, etc. Uma hora por dia, com muito boa disposição, que nos deixa às duas cheias de energia.
*cozinhar, cozinhar, cozinhar
Planear as refeições e confecionar de forma saudável são fundamentais para neste período nos organizarmos de forma sustentável. Andei meio perdida, porque no início do mês não fiz as minhas habituais compras semanais, e o caos que se instalou nas idas às compras obrigou-me a usar muito da minha imaginação para a "coisa" não colapsar por aqui. Finalmente, e após 4 semanas, consegui reabastecer a despensa, só com o indispensável e sem exageros. Agora sem a correria dos dias, este meu lugar especial é sem dúvida o meu suporte básico de vida...de prazer com o meu eu interior.
*cuidar, cuidar, cuidar
Fins-de-semana, são fins-de-semana...ligamos o botão pausa. Há tempo para “vegetar” no sofá, as conversas são postas em dia, partilhamos gostos e não falta o mais importante, reunirmos-nos à mesa saboreando refeições reconfortantes. Cuidar de nós e do amor que nos une. ♥
E é assim mesmo!
Para mim, a cozinha é sem duvida um lugar muito especial. O coração da minha casa. É onde passo grande parte do meu tempo quando estou em casa, e não é só para cozinhar. Neste espaço há uma energia que merece uma maior atenção. É onde fazemos todas as nossas principais refeições, celebramos dias especiais, recebemos visitas, petiscamos, bebemos um copo de vinho (ou chá) ou simplesmente convivemos. É também na cozinha que trato da roupa, faço os meus trabalhos manuais e cuido das minhas plantas.
Com excepção de passar a ferro (céus…como eu detesto passar a ferro, no entanto nada fica por passar, o lema é da corda para a tábua), todo o resto é sinónimo de coisas boas. Mas cozinhar é sem duvida o mais especial, um ato de relaxamento para mim, funciona como uma espécie de terapia e meditação. Tem sido assim desde jovem, em regra geral bolos e sobremesas eram responsabilidade minha, e a aventura de refeições salgadas, fora do tradicional que a minha mãe sempre confeccionava, eram uma constante, com a minha irmã como cobaia.
Posso dizer que o ato de cozinhar me manteve (e mantêm) sã. Descobri, especialmente numa fase muito complicada, que cozinhar me fazia particularmente bem, momentos de prazer e de escape que me fazem encontrar com o meu eu interior. Apura-me os sentidos, a criatividade, a imaginação e a intuição.
Cozinhar e todos os processos que me levam lá, são uma espécie de ritual para mim. Tudo começa pelas refeições do fim-de-semana, vou pensando e organizando ao longo da semana. Nessa base surgem naturalmente os jantares semanais e as marmitas, tentando não repetir. Muitas das vezes a época do ano, bem como produtos que vejo no supermercado a chamarem por mim, são também factores que fazem a diferença.
No dia a dia a cozinha é o nosso lugar de partilha, na correria dos dias é onde aproveitamos para nos encontrar, cuidar e mimar. Cozinhar é sempre um pouco mais a correr, tenho que ser mais prática pois também tenho que preparar três marmitas para o dia seguinte. Habitualmente aos jantares opto por refeições mais simples e mais leves, mas os almoços têm de ser mais cuidados porque são para aquecer.
Já ao fim de semana tudo muda, as refeições são mais elaboradas, principalmente nos dias mais frios em que apetece refeições mais reconfortantes. Como anoitece mais cedo, acendo velas e o forno não têm ordem de descanso, aproveito sempre para fazer um bolo e biscoitos para durante a semana. Final de tarde de um sábado e eu na minha cozinha, é sinonimo de modo paz. Nada fica de fora de preparo, os aromas misturam-se, a mesa posta sempre bonita, tudo fica tão acolhedor e a magia acontece.
Valorizo ao minuto o tempo que passo neste meu lugar especial. É o que mais gosto de fazer: cozinhar e amar. Cuido de mim e cuido dos meus. E agradecer, sempre, todas as coisas boas que têm acontecido na minha vida. E é assim mesmo!
Entrar a pés juntos em fevereiro:
- não adiar qualquer beijo.
- ser paciente com o amor.
- amar todos os dias, a família, os que me são mais próximos.
- ouvir música todos os dias.
- não ficar presa às falhas de ontem, aceitar o que se perdeu hoje e acreditar nos milagres de amanhã.
- ter um entusiasmo sempre à mão.
- plantar e esperar, confiar com paciência e sem pressa.
- (re) começar, quando necessário e estar no mundo de forma a que consiga ouvir-me viver.
Para praticar todos os dias porque tenho fé e acredito que me torna maior e melhor. E é assim mesmo!