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Foi o que eu queria, Foi o que eu tinha planeado...
Só nós três, numa escapadinha que teve como mote o meu aniversário...
Saímos de manhã cedo. Como calhava em caminho, do nosso destino, a primeira paragem tinha de ser para agradecer. Gratidão! Gratidão! De coração cheio porque acredito e tenho fé, todos os dias, que na vida só não se consegue o que não se quer com o coração. Comigo todos os dias...pessoas felizes são mais felizes porque acreditam.
A viagem foi longa, em modo passeio, sem pressa de chegar ao destino. Já o sol se punha no horizonte quando finalmente descarregamos as malas. Mas ainda deu tempo para um primeiro conhecimento da aldeia. Lareira acesa numa casa que superou as nossas expetativas, tudo tão confortável, tão calmo, tão tranquilo, tão bonito. Jantar em autêntica cumplicidade e ainda tive bolo, canção de parabéns e prenda. O silêncio, e nós...e a nossa paz, os nossos sorrisos, os nossos abraços.
Acordámos cedo, o silêncio do campo, a lareira a crepitar e a tranquilidade de sabermos que tínhamos o relógio em modo pausa que fez com a nossa mente e corpo entrassem em modo "relax".
Caminhada pela aldeia, um lugar perdido na Serra, com uma beleza de cortar a respiração, perdemos a noção do quanto caminhámos...mas foi longo. Cada esquina, cada recanto é difícil de descrever, mesmo que use fotos como suporte elas não passam o que realmente vimos, sentimos e respiramos. Mas com a certeza que ficou bem registada e guardada nos nossos corações.
Organizei as refeições com antecedência, a ideia era reconfortarmos-nos com os aromas e sabores que apreciamos, para “absorvermos” com tranquilidade tudo o que nos rodeava. A tarde foi percorrida por toda a Serra, que não era novidade para nós, mas não consigo deixar de registar que tudo me pareceu diferente, mais bonito. Talvez, porque desta vez vi com outros olhos, com outro estado de espírito, com outro sentir.
O regresso seria direto, mas sem pressas. Tomámos o nosso pequeno almoço cedo, arrumamos calmamente as malas e regressámos a casa. Sempre pelo interior, pela estrada nacional: pelas cidades, vilas, aldeias e lugares deste nosso Portugal, muitas vezes esquecidos à conta das nossas autoestradas. Um fim-de-semana que soube a muito… roubámos cada bocadinho de energia que o interior do nosso país têm e regressámos cheios.
No final de tudo, aquilo que nos constitui são apenas os momentos vividos. Quer dizer, também nos constituem os momentos que deixamos de viver! Por alguma razão, que consideramos suficiente para não fazer alguma coisa. Por isso, neste meu aniversário, posso dizer que todos os momentos que passaram por mim e todos os momentos que decidi não viver, mesmo os mais difíceis, foram importantes para tomar consciência de quem sou, daquilo que quero, do que já não quero, e, sobretudo, daquilo que quero ser em todos os dias que ainda terei (e serão milhares ). Que nunca me deixe derrubar! Que consiga sempre olhar para o lado melhor de mim, das situações e dos outros. Que seja o sorriso que se cruza na vida de quem está menos bem. E que isso contribua para reforçar o melhor que tenho e o melhor que, afinal, existe em cada um.
Grata á vida pelos momentos vividos. Grata aos meus dois pilares basilares que contribuíram para, sem dúvida, o melhor aniversário da minha vida. A caminho dos 100! Vivendo os momentos como únicos que são! E é assim mesmo!
* encontrar pessoas bonitas que nos fazem sentir em casa ❤
...ganhei hoje, agora só compro raspadinhas dos relógios e cor-de-rosa. Yeeaaaahhh!