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“Se quiser demonstrar alguma verdade aos seus ouvintes, não fique irritado, e não diga palavras rudes ou ofensivas.” Epictetus
Estas palavras encontraram-me...bem a propósito, o povo costuma dizer que "palavras leva-as o vento", mas na verdade não é bem assim, já que temos uma enorme capacidade de armazenar tudo o que nos é dito. Guardamos as palavras menos boas, as que ferem, as que provocam uma dor quase insuportável e quando ditas no calor de uma discussão trespassam-nos como flechas envenenadas que levam anos a sarar, quando saram Por isso tento ter sempre muito cuidado com as palavras, já que podem ser o suficiente para instalar a discórdia. Quando sinto que o ambiente está mais propenso a alguma turbulência, seja em que situação for, aprendi que por vezes o melhor é afastar-me até que se dissipe, ou tento com calma e alguma diplomacia travar a situação para que não se agrave. Porque na verdade os que não gostam de mim, não vão gostar nunca, faça eu o que fizer.
Mas também guardamos as palavras boas, as que nos acalmam o coração, as que nos elevam o ego, as que carregam amizade e amor, as que são ditas com alegria ou de forma bonita e simples provando que existem pessoas lindas que fazem toda a diferença na nossa vida, todos os dias. Porque na verdade, os que gostam de mim, vão gostar sempre, faça eu o que fizer! E é assim mesmo!
A ‘madame’ passa horas ao telemóvel lá fora, ainda por cima tem dois, portanto ter de gerir dois exige tempo a dobrar lá fora. Está certo!
Cá dentro, está sempre de auriculares nos ouvidos, quando tentamos falar para ela, não chamamos, gritamos! Por vezes, nós ou os de fora temos de lhe tocar para ela perceber/ouvir… irra@!
O meu dia a dia de trabalho é sempre preenchido com muita gente á minha volta, impossível estar de auriculares ligados, no entanto quando as coisas estão mais calmas costumo estar apenas com um auricular, tipo “olho no burro, olho no cigano”, primeiro ninguém é obrigado a ouvir a musica que eu oiço e segundo tenho de estar muita atenta a tudo o que se passa à minha volta, aqui não dá para distrações.
Mesmo tendo sido chamada a atenção, a ‘madame’ continua a não largar o telemóvel, nem os auriculares. O cerne da questão é que como a chefia não consegue resolver diretamente com ela esta pequenina falta de discernimento, estamos todos de ‘castigo’…. irra@!
Enquanto não chegam os novos monitores para o horário de final de dia temos que assegurar que a ‘madame’ não fique sozinha, resultado duas semanas de trocas de horários entre a restante equipa, calhou-me na rifa dois dias… irra@!
Dois dias de subir paredes, levanto-me à mesma hora por causa das ‘marmitas’, tenho de ir apanhar transportes mais cedo [a meio da manhã os barcos só circulam de hora a hora, das duas uma: ou chego atrasada e levo com um telefonema dos RH a dizer que vou ter de compensar o atraso, ou chego uma hora mais cedo, dou mais uma hora à casa e os RH dizem que é problema meu]. Por fim regressar a casa já de noite.
Entrar mais tarde, sair mais tarde. Opá!... Dois dias mudança de rotinas, não faz mal a ninguém, é certo. Hoje pelos outros, amanhã pode ser por mim. O cerne da questão é que a ‘madame’ vai o tempo todo lá para fora para o telefone, e eu fico sozinha... irra@!
“O homem superior compreende o que é certo; o homem inferior só compreende o que pretende impingir.” Confúcio
Estas palavras encontraram-me… as pessoas acabam por tornar-se exatamente aquilo que pensam que são. É por isso que os pensamentos e as palavras são tão importantes. Pensar então de forma positiva, amigável, doce e ser responsável por uma transformação fenomenal de lagarta a borboleta. Eu sei que por vezes é necessário ser mais assertiva, vigorosa e firme, principalmente nas questões profissionais, mas é só de vez em quando. Esta máscara é desgastante e, se usada durante muito tempo, acaba por me distanciar dos outros, acaba por trazer desentendimentos, conflitos, mal-entendidos e outros que tais.
A vida não pode ser só stress - e não é -, mas quase que se resume a tal! Quando chegar a hora de ir para casa para estar na companhia dos que mais amo, esforço-me por deixar de lado os assuntos e questões pendentes profissionais. Casa = refúgio, é o local para retemperar as forças; sítio onde se despem as máscaras, onde descanso e me sinto em paz. E é assim mesmo!
Nem tudo na vida acontece como mais quero, mas tudo acontece como deve acontecer. Novembro foi pródigo em coisas menos boas, a velocidade com que algumas aconteceram nem deu bem para entender, mas suficientes para nos desorientarem e inquietarem. Na lista inicial outras tantas foram acrescentadas, aos poucos algumas já foram ultrapassadas e outras encontram-se em fase de resolução.
Mesmo sem entender algumas, confio que o tempo vai acertar os ponteiros, por muito que novembro me tenha trocado as voltas, me tenha afrontado e até tenha tentado empurrar e fazer cair, não desisto. Não desisto de mim, dos meus e dos meus sonhos, porque acredito e tenho fé no tempo certo da vida.
E é assim mesmo!
“Os seres humanos foram desenhados para serem felizes. E se a vida nos pregar partidas, basta reinicializar o programa e voltar ao ‘’modo felicidade’’. Mo Gawdat, a equação da felicidade
Estas palavras encontraram-me… eu já sabia que a semana ia ser difícil, sabia que quando chegasse a sexta-feira eu estaria em modo “insuportável”, no entanto esse modo chegou logo ao segundo dia. Cinco horas do meu dia perdida em transportes, e uma noite demasiadamente mal dormida foram o mote para eu premir o botão “rewind” e mudar a minha rotina o resto da semana. Nem pensar ficar presa num ciclo de emoções negativas, stress e ansiedade. Nem pensar continuar a olhar para o relógio de 5 em 5 minutos, continuar a correr para suportar longas filas e muito menos chegar muito tarde ao trabalho e a casa. Mo Gwadat dá um exemplo muito simples: ”… se numa máquina de fazer salsichas, pusermos sapatos, não se pode esperar uma iguaria. A máquina não tem qualquer problema, mas a forma como a usamos não é correta.”. Bastou mudar apenas 30 minutos na minha rotina, e usá-los por três dias de forma correta. Chego ao dia de hoje muito cansada, mas muito mais tranquila e em paz.
Levanto-me 30 minutos mais cedo, chego uma hora antes ao trabalho, sem correria em contra-relógio, saio do trabalho 30 minutos mais cedo e ainda consigo chegar a horas decentes a casa. Bom, como não posso fazer greve, não posso ficar em teletrabalho, não posso chegar tarde porque tenho que compensar (um dia é uma coisa agora uma semana inteira é outra), só me resta mudar a maneira como uso os transportes públicos e viver um dia de cada vez… até porque para a semana tudo volta ao normal. O importante é manter o foco, mesmo nos dias em que tudo parece mais difícil, e ser feliz não é igual a não ter dias maus. E é assim mesmo!