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“O homem superior compreende o que é certo; o homem inferior só compreende o que pretende impingir.” Confúcio
Estas palavras encontraram-me… as pessoas acabam por tornar-se exatamente aquilo que pensam que são. É por isso que os pensamentos e as palavras são tão importantes. Pensar então de forma positiva, amigável, doce e ser responsável por uma transformação fenomenal de lagarta a borboleta. Eu sei que por vezes é necessário ser mais assertiva, vigorosa e firme, principalmente nas questões profissionais, mas é só de vez em quando. Esta máscara é desgastante e, se usada durante muito tempo, acaba por me distanciar dos outros, acaba por trazer desentendimentos, conflitos, mal-entendidos e outros que tais.
A vida não pode ser só stress - e não é -, mas quase que se resume a tal! Quando chegar a hora de ir para casa para estar na companhia dos que mais amo, esforço-me por deixar de lado os assuntos e questões pendentes profissionais. Casa = refúgio, é o local para retemperar as forças; sítio onde se despem as máscaras, onde descanso e me sinto em paz. E é assim mesmo!
Nem tudo na vida acontece como mais quero, mas tudo acontece como deve acontecer. Novembro foi pródigo em coisas menos boas, a velocidade com que algumas aconteceram nem deu bem para entender, mas suficientes para nos desorientarem e inquietarem. Na lista inicial outras tantas foram acrescentadas, aos poucos algumas já foram ultrapassadas e outras encontram-se em fase de resolução.
Mesmo sem entender algumas, confio que o tempo vai acertar os ponteiros, por muito que novembro me tenha trocado as voltas, me tenha afrontado e até tenha tentado empurrar e fazer cair, não desisto. Não desisto de mim, dos meus e dos meus sonhos, porque acredito e tenho fé no tempo certo da vida.
E é assim mesmo!
“Os seres humanos foram desenhados para serem felizes. E se a vida nos pregar partidas, basta reinicializar o programa e voltar ao ‘’modo felicidade’’. Mo Gawdat, a equação da felicidade
Estas palavras encontraram-me… eu já sabia que a semana ia ser difícil, sabia que quando chegasse a sexta-feira eu estaria em modo “insuportável”, no entanto esse modo chegou logo ao segundo dia. Cinco horas do meu dia perdida em transportes, e uma noite demasiadamente mal dormida foram o mote para eu premir o botão “rewind” e mudar a minha rotina o resto da semana. Nem pensar ficar presa num ciclo de emoções negativas, stress e ansiedade. Nem pensar continuar a olhar para o relógio de 5 em 5 minutos, continuar a correr para suportar longas filas e muito menos chegar muito tarde ao trabalho e a casa. Mo Gwadat dá um exemplo muito simples: ”… se numa máquina de fazer salsichas, pusermos sapatos, não se pode esperar uma iguaria. A máquina não tem qualquer problema, mas a forma como a usamos não é correta.”. Bastou mudar apenas 30 minutos na minha rotina, e usá-los por três dias de forma correta. Chego ao dia de hoje muito cansada, mas muito mais tranquila e em paz.
Levanto-me 30 minutos mais cedo, chego uma hora antes ao trabalho, sem correria em contra-relógio, saio do trabalho 30 minutos mais cedo e ainda consigo chegar a horas decentes a casa. Bom, como não posso fazer greve, não posso ficar em teletrabalho, não posso chegar tarde porque tenho que compensar (um dia é uma coisa agora uma semana inteira é outra), só me resta mudar a maneira como uso os transportes públicos e viver um dia de cada vez… até porque para a semana tudo volta ao normal. O importante é manter o foco, mesmo nos dias em que tudo parece mais difícil, e ser feliz não é igual a não ter dias maus. E é assim mesmo!
A palavra correta para definir os acontecimentos do último mês é ‘Avaria’. Não chegam os dedos das mãos para enumerar a quantidade de ‘Avarias’.
Como uma "desgraça nunca vem só", as ‘Avarias’ propagaram-se a uma velocidade que mal deu para respirar, desde os estores, às máquinas de lavar roupa e loiça, máquina de café, ferramentas de bricolage entre outras peripécias que também posso denominar de ‘Avarias’. Pelo meio pintámos a sala, que me desorganizou a casa por vários dias, e ainda uns dias de casa cheia de gente, que implicou uma logística muito para além do habitual e muita gestão de relações familiares. A lista foi extensa e ainda estou modo 'digestão', [eu e a minha carteira]. Tenho o ritmo biológico todo baralhado, saí das rotinas, o trabalho também apertou e ainda tive que fazer mais horas.
Até um dente resolveu ‘Avariar’…Irr@!
No que tira e no que dá a vida sabe o que faz, por este meu crer, confio, não desisto e nem é tempo de baixar os braços. Por vezes o melhor é mesmo esperar apenas que tudo passe, tal como diz o povo "depois da tempestade vem a bonança", por isso é que acredito e tenho fé que mesmo que a vida me troque as voltas vale sempre a pena.
Aos poucos as ‘Avarias’ passam gradualmente a ‘Reparado’, a sala está pronta (ainda aproveitámos para arranjar algumas coisas que estavam pendentes há muito tempo), alguns electrodomésticos já estão operacionais (o custo-benefício sem dúvida que compensou), no trabalho é altura de tratar dos pendentes que não conseguimos fazer em tempo de aulas (em época de exames quase parece que estamos em modo pandemia com corredores vazios), o dente já saiu dos cuidados intensivos (ainda está em internamento mas está a responder bem ao tratamento), o restante da lista vai-se compondo ao ritmo que a vida flui. É altura de arrumar gavetas, reciclar o que já não faz falta, alinhar ideias, respirar fundo...abrir as janelas e deixar entrar o sol.
E é assim mesmo!
[Vou ali pôr a máquina da roupa a lavar porque depois de tantos dias de interregno, ela não pense que foi de férias…bora lá trabalhar]
*e as lutas que travo para alcançar merecidas vitórias... sem esforços desnecessários e com determinação posso potenciar as minhas capacidades ao máximo.
E é assim mesmo!
A minha paciência para os transportes mais as suas greves está a esgotar, nas últimas semanas tive que me organizar por causa do metro. Esta semana, nova (re)organização desta vez a transtejo… uma semana inteira, irra!
Para poder chegar a horas decentes ao trabalho, tive que antecipar uma hora ao meu despertador, utilizar transportes que levam o dobro do tempo, sem falar no regresso a casa que prejudica a minha vida familiar, mas sobre isso a minha entidade patronal está-se nas tintas pois apenas se preocupa que eu cumpra rigorosamente com o meu registo através do sistema biométrico… uma semana inteira, irra!
Apanho autocarro logo nas primeiras paragens, fico desconfortável só de ver a quantidade de pessoas que ficam nas paragens seguintes sem conseguir ter lugar, os trabalhadores da transtejo alegam esta greve apenas parcial (três horas por turno) e desta forma não estão obrigados a colocar alternativos, nem são reforçadas carreias... uma semana inteira, irra!
Não consigo respeitar estes trabalhadores cujo poder negocial depende essencialmente dos transtornos que provocam na vida dos outros e que não hesitam em jogar por sistema com esse fator de pressão. Não estamos a falar de serviço publico? Então estou a falar de falta de civismo e não de exercício de um direito, certo?
Ainda se isto viesse a ter resultados práticos…
… uma semana inteira, irra!