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Acordar com dias de Verão a sério é outra vida, dias sem horas para nada. O Sul, o calor, o sol imenso e o céu azul fazem de mim uma pessoa melhor. Do mar e do sal na pele, das sestas durante a tarde e das muitas leituras (@edasgaivotasaacompanhar), dos jogos e dos risos, dos gelados e dos petiscos, do muito que somos quando estamos juntos, das coisas pequenas que são tão boas.
Outra inspiração, outra motivação, outra energia e outra perspetiva do que ando aqui a fazer. Regressámos mais otimistas, mais leves, mais arejados, mais desempoeirados e de pazes feitas com a vida. Mesmo quando nem tudo é bom, nem todas as notícias animadoras, nem todos os planos se cumprem, nem todos os objetivos se alcançam, nem todas as pessoas são boas e nem todas as coisas encaixam na visão mais positiva que temos da vida.
Era suposto ser o plano 'B' do nosso agosto, no entanto, à ultima da hora a vida encarregou-se de nos brindar com mais dias no nosso Sul, mas ainda houve tempo para o plano 'A' com 'saltinho' até à aldeia onde o tempo também pára, onde desconectamos...E depois...depois enchemos o peito de ar. Com a força maior do amor que nos une, grata à vida todos os dias. E é assim mesmo!
"todososdias"
Festejámos os anos da minha irmã na aldeia, no "nosso" cantinho onde recuperamos energias, onde ganhamos inspiração e atitude positiva para encarar cada dia. São fins-de-semana onde cabe tudo e aproveitamos o melhor de tudo: estar, cuidar, abraçar e agradecer.
É certo que é impossível estar parado por ali, o protejo de recuperar a cozinha ainda vai a meio, mas também não temos pressa. Não importa o tempo, mas o valor que damos a cada canto que vamos recuperando com as nossas mãos. Esta é sem duvida a maior prova de que sem nada podemos fazer tudo, basta querer. A força maior é a vontade de fazer acontecer.
Desta vez andámos pelo quintal, aproxima-se o outono e algumas coisas têm que ficar arranjadas antes que as chuvas não nos permitam andar por ali. Certo e sabido o meu amor por plantas e terra, aquele é um espaço que se eu pudesse "voava". Não temos, nem podemos fazer muito por ali, apenas nos limitamos a limpar e cuidar porque é a frente do "nosso" cantinho.
Desde a primavera que temos voltado todos os meses, inclusivamente em Julho e Agosto voltámos mais que uma vez, foi um compromisso que assumi comigo própria, e que nem sempre é fácil porque a vida aqui e ali vai me colocando alguns obstáculos.
Regressamos a casa sempre muito cansados mas de coração cheio. Confio nos caminhos que a vida nos leva e sempre grata pelos lugares que nos fazem bem. Bora lá voltar!
Apesar de algumas indecisões por causa dos testes que estão quase a começar, lá conseguimos arrumar as trouxas e regressámos à aldeia.
O sol brindou-nos estes dias, sinónimo de mesa ao ar livre e refeições em saudáveis. O silêncio é absolutamente regenerador e o ar do campo é um reconforto que não tem preço. O resto do mundo fica lá fora, desligamos tudo e os dias ficam mais leves.
Agora é a vez da cozinha, um espaço muito pequenino, muito estragado e muito mal aproveitado. Fazer tudo com calma até porque sabemos que as coisas feitas com a "prata da casa" demoram o seu tempo. Arrumar, desarrumar, (re)organizar, (re)construir e aos poucos a casinha da aldeia vai ficando um lugar onde apetece muito, muito voltar.
Já estávamos em "divida" com a aldeia desde Novembro e ficar por casa a dividirmos-nos em refeições de família, a saltar de casa em casa, estava fora de questão.
Voltámos à aldeia para celebrarmos a nossa Páscoa, longe da calma do ano passado porque desta vez éramos muitos, porque foram "mini-dias" e a primavera ainda não nos brindou com dias soalheiros.
Voltámos a abrir a casa, muito embora o inverno não tenha sido muito rigoroso e as melhorias que temos feito muito contribuíram para o bom estado em que se encontrava, tem sido sempre uma preocupação minha prioritária. Aproveitámos o sol a espreitar por entre pingos de chuva para caiarmos as paredes da casa, não ficou perfeito mas o branco do pó mágico deixou a nossa casinha a brilhar. Aproveitámos a chuva para dedicarmos o tempo a organizar e a planear as próximas obras, materiais comprados antecipando as próximas mini-férias já em Abril.
Mas principalmente aproveitámos o melhor de tudo: estar, cuidar, abraçar e agradecer o tempo que o tempo nos dá para parar e valorizar o melhor que temos na vida: as nossas pessoas.
Regressámos a casa já em Abril.
(re)começar Abril com sol, paz e todo o amor que nos rodeia.
Grata por esta nossa teimosia em querermos ser felizes todos os dias!
Vamos voltar. Sei que estamos os três a precisar de respirar mais, encher o peito de ar, sentir a terra e renovar a fé em tudo o que somos. Sem regras, nem pressas, que é como acreditamos que a felicidade das coisas pequenas sabe melhor. É tempo de respirar...e amar acima de tudo!
Por isso, os próximos dias vão correr bem. Só podem correr bem. E é assim mesmo!